65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 2. Engenharia Agrícola - 3. Engenharia Agrícola
ESTIMATIVA DE ÁREA FOLIAR DE FEIJÃO-CAUPI CULTIVAR BRS POTENGI ATRAVÉS DE MODELOS MATEMÁTICOS
Antonio Robson Moreira - Graduando de Agronomia, Campus de Capitão Poço -UFRA
Leane Castro de Souza - Graduanda de Agronomia, Campus de Capitão Poço -UFRA
Layla Gerusa Souza Lima - Universidade Federal Rural da Amazônia - Graduanda de Agronomia, Campus de Capitão Poço -UFRA
Raimundo Leonardo Lima de Oliveira - Graduando de Agronomia, Campus de Capitão Poço -UFRA
Antonia Vanderlane Albuquerque da Costa - Graduanda de Agronomia, Campus de Capitão Poço -UFRA
Raimundo Thiago Lima da Silva - Prof. M. Sc./ Orientador - Campus de Capitão Poço -UFRA
INTRODUÇÃO:
O feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é nativo da África e bastante cultivado nas regiões tropicais dos continentes africano, asiático e americano. Pelo seu alto valor nutritivo, o feijão-caupi é cultivado principalmente para a produção de grãos, secos ou verdes, para consumo humano, fornecendo quantidades importantes de fósforo, ferro, tiamina, riboflavina e niacina. O conhecimento da área foliar é fundamental no estudo do desenvolvimento das plantas, sendo talvez o mais importante parâmetro. O primeiro passo para se estudar o crescimento das plantas é conhecer características do crescimento e desenvolvimento da planta. Dentre essas características, o conhecimento da área foliar é um importante parâmetro para o entendimento da fotossíntese, interceptação luminosa, uso da água e nutrientes e o potencial produtivo. Neste contexto, torna-se fundamental o conhecimento da área foliar para ajudar o entendimento do processo de partição de assimilados e na determinação do número de folhas ideal nas condições climáticas do Brasil.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Por isso o presente trabalho teve como objetivo determinar modelos matemáticos eficientes, para estimar a área foliar do Feijão-caupi, cultivar BRS Potengi, no Município de Capitão Poço no Estado do Pará, utilizando-se de parâmetros dimensionais de folhas de diferentes tamanhos.
MÉTODOS:
O presente trabalho foi desenvolvido junho a setembro de 2012, no município de Capitão Poço - PA. A cultivar de feijão-caupi utilizada foi a BRS Potengi. Para a determinação da área foliar (AF), foram coletadas as folhas em quatro fases fenológicas da cultura (F1 – as plantas continhas três folhas, F2 – Inicio da Floração, F3 – Formação de vagens e F4 – Maturação Fisiológica), perfazendo um total de 108 folhas. No laboratório multifuncional da Universidade Federal Rural da Amazônia, as folhas foram medidas, coletando-se então o comprimento ao longo da nervura central (C) e a largura máxima perpendicular a nervura central (L) do limbo foliar. Com os dados de C, L, CxL e da AF de 54 folhas, modelou-se a área foliar, determinada pelo método dos discos, por meio dos modelos: quadrático, cúbico, potencial, exponencial, logarítmico, linear e linear sem intercepto. A validação dos modelos foi realizada com as outras 54 folhas. Os modelos que apresentaram o coeficiente de determinação (R2) < 0,90 foram descartados e os demais foram submetidos a uma análise de correlação linear de Pearson (r) e aqueles que obtiveram resultado mais próximo de um foram considerados mais eficientes. As análises estatísticas dos resultados foram realizadas utilizando o aplicativo Office Excel e o programa ASSISTAT.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os valores médios para comprimento do limbo, largura do limbo e área foliar real, foram de 8,928 cm, 5,508 cm, e 34,226 cm², respectivamente. Foram obtidos 21 modelos estimadores de área foliar. Dentre os modelos gerados apenas 05 apresentaram coeficientes de determinação elevados (R² > 0,90), indicando que 90% das variações observadas na área foliar foram explicadas pelas equações obtidas. Os modelos mais precisos foram o linear, o linear sem intercepto, o quadrático, o cúbico e o potencial, que utilizaram a (C×L) na estimativa da área foliar, com coeficientes de correlação linear de Pearson (r) e de determinação (R2) mais próximos de um. Quando se considerou apenas uma dimensão comprimento ou largura máxima do limbo foliar, as estimativas foram menos precisas dos que, os modelos estimadores que utilizaram a relação (CxL) do limbo foliar. Os modelos linear, linear sem intercepto, quadrático, cúbico e potencial com base na relação (CxL), apresentaram os seguintes R2 e r, respectivamente, (0,9071 e 0,9659); (0,9067 e 0,9659); (0,9071 e 0,9661); (0,9072 e 0,9662) e (0,9078 e 0,9656). Todos os coeficientes de correlação Linear de Pearson foram significativos a 1% de probabilidade de erro.
CONCLUSÕES:
Medidas de área foliar de feijão-caupi cultivar BRS Potengi podem ser estimadas a partir de equações linear, linear sem intercepto, quadrático, cúbico e potencial com boa precisão. As equações que utilizam as duas medidas biométricas, comprimento e máxima largura do limbo foliar, apresentam melhor ajuste. Medidas de área foliar a partir de modelos matemáticos, por ser um método não destrutivo, permitem análise de crescimento de vegetais utilizando um reduzido número plantas. A área foliar pode ser estimada pelas seguintes equações: AF = 0.6462(CxL) + 0,8621, AF = 0.6586(CxL), AF = 0.0001(CxL)² + 0.6297(CxL) + 1.2565, AF = -0.000004(CxL)3 + 0.0009(CxL)2 + 0,5897(CxL) + 1.8381 e AF = 0.7108(CxL)0.98.
Palavras-chave: área foliar, Feijão-caupi, Modelos matematicos.