65ª Reunião Anual da SBPC

G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 3. Geografia

ANÁLISE PRELIMINAR DOS RECURSOS HÍDRICOS DA ILHA DO MARANHÃO

Márcia Vanessa Sousa da Conceição - Graduanda em Geografia bacharelado/licenciatura Universidade Federal do Maranhão Marcelino Silva Farias Filho - Orientador Prof. Ms. Universidade Federal do Maranhão Eduardo Nilson Dias Pereira - Graduando em Geografia bacharelado/licenciatura Universidade Estadual do Maranhã Paulo Roberto Mendes Pereira - Graduando em Geografia bacharelado/licenciatura Universidade Federal do Maranhão Janilci Serra Silva - Graduanda em Geografia bacharelado/licenciatura Universidade Federal do Maranhão

INTRODUÇÃO:

O recurso natural mais importante para sobrevivência do homem é a água, pois esta é fundamental para manutenção da vida em nosso planeta, sendo utilizada em vários setores e atividades antrópicas, animais e vegetais, representando valores socioculturais e econômicos como fator de produção de bens de consumo. Ao longo dos tempos, um acelerado processo de deterioração das características desses ambientes, tanto físicas, quanto químicas e biológicas, acarretou e continua a acarretar efeitos nocivos para as populações biológicas, inclusive a humana. Muitas são essas deteriorizações, tais como: a destruição das matas ciliares, o assoreamento, a construção de barragem, os desvios de curso dos rios, dentre outros. Sabe-se, que os sistemas aquáticos, apesar de fundamentais para a manutenção da vida, vêm sofrendo, devido às diversas ações antropicas, logo, pretende-se com este trabalho identificar pontos relevantes no que diz respeito aos recursos hídricos da Ilha do Maranhão.

OBJETIVO DO TRABALHO:

Identificar pontos relevantes no que diz respeito aos recursos hídricos, que vem sofrendo problemas ambientais, que foram se emergindo, e continuam a aflorar no decorrer do processo de urbanização da Ilha do Maranhão, local onde o estudo fora desenvolvido, sendo que essa área está situada no Estado do Maranhão composta pelos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.

MÉTODOS:

Para realização deste trabalho utilizou-se do método fenomenológico (perspectiva do espaço vivido, correlacionado com percepção sócio-ambiental) Spósito (1991, p. 37), coloca que este é um método que considera o espaço vivido como revelador das práticas sociais, observação direta in lócus, método dialético, pesquisa empírico-analítica e coleta de dados de forma semiestruturada. Este instrumento permite observar outras questões que originariamente não estavam previstas no roteiro do pesquisador (LUDKE: ANDRÉ. 1986). A atividade de campo fora realizada com o objetivo de conhecer melhor a realidade das áreas estudadas, detectando a utilização destes recursos hídricos. Procedimentos metodológicos: análise de fontes bibliográficas, dados obtidos em sala de aula (aulas expositivas - dialogadas), efetivação de entrevistas informais (depoimentos de moradores), pesquisa in lócus, utilização de máquina digital, utilização de imagens e dados de satélite.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Barragem do Bacanga: é um projeto que tinha como objetivo beneficiar tanto a população da cidade de São Luís, principalmente os residentes ao seu entorno. No entanto - pelo descaso e má gestão - desde seu início vem ocasionando problemas de cunho socioambiental que reduz consideravelmente a qualidade de vida das comunidades circunvizinhas; Vala da Macaúba: é resultado de falha na infra-estrutura da cidade de São Luís, o que acabou por gerar sérios problemas, sendo um desses causado pelo homem. Há despejo de resíduos sólidos, esgoto in natura e óleos de carros, em função do grande número de oficinas mecânicas próximas ao canal, o que propicia nos períodos chuvosos um transbordamento; Rio Urucutíua: no período de estiagem, quando ocorrem às chuvas torrenciais, todo o sedimento direciona-se para o leito de vazante. Há pouca argila, silte, laterita e pouca matéria orgânica. O canal do rio é do tipo meandrante, não tem influência da maré, e a superfície está acima do nível do mar; Laguna da Jansen: devido a sua origem artificial e sua paisagem, esta laguna já sofreu e continua a sofrer sucessivas alterações, o que implica num desequilíbrio ecológico como a eutrofização, que contribui no desenvolvimento das algas rúpias, que causam mau cheiro após sua decomposição.

CONCLUSÕES:

O presente trabalho buscou proceder a uma abordagem histórica, social, ambiental e econômica para melhor entendermos estes ambientes de forma não isolada, uma vez que os recursos hídricos são bens naturais e de utilidade a todos. Ao longo do trabalho concluímos que é urgente a necessidade de identificar e divulgar para a sociedade os impactos ambientais dos recursos hídricos da Ilha do Maranhão, impactos estes que vem de maneira desenfreada modificando o modo de vida da população, e de forma exorbitante destruindo a natureza, sem levar em conta seus limites, suas fragilidades, havendo assim intenção predominante de interesses expressivos para um único setor. Desta forma, há dois fatos graves nessa situação: por um lado, a questão ambiental relegada a último plano; e de outro, o fato das políticas favorecerem fortemente um segmento da sociedade capitalizado que podem caminhar com suas “próprias pernas”, deixando de lado a preocupação com a natureza e parte da população. Contudo, queremos aqui divulgar aos estudantes, professores de Geografia e de outras disciplinas, a comunidade em geral, ao Poder Público e demais interessados, que se faz urgente à necessidade de criar medidas mitigadoras e as colocar em prática, de forma a solucionar todos os problemas supracitados.

Palavras-chave: recursos-hídricos, ação antrópica, problemas ambientais.