65ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 2. Gestão e Administração - 5. Gestão de Pessoas
ANÁLISE DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DE UM HIPERMERCADO NA CIDADE DE MOSSORÓ/RN.
Érica Gabriela de Queiroz - Depto de Administração da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN.
José Igor Rebouças de Oliveira - Depto de Administração da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN.
Eduardo de Faria Nogueira - Departamento de Administração da Universidade Estadual de Londrina – UEL.
Hudson do Vale de Oliveira - Professor do Instituto Federal de Roraima – IFRR/Câmpus Amajari.
Andrea Kaliany da Costa Lima - Depto de Administração da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN.
INTRODUÇÃO:
Na era da informação, as mudanças e os avanços tecnológicos são as certezas que as organizações necessitam acompanhar estas transformações. Ser competitivo não quer dizer ser o maior, mas aquele que consegue responder de maneira mais rápida as exigências do mercado e satisfazer seus clientes tanto interno como externo. A busca por esta satisfação também se torna um desafio para as organizações principalmente de seus funcionários que estão vivenciando dia-a-dia a rotina da organização. O termo satisfação no trabalho tem sido estudado por muitos autores e tem tido uma definição quanto aos seus aspectos causais e o modo como eles podem ser combinados. Portanto, a satisfação pode ser entendida pela maneira como o homem avalia seu trabalho, ou seja, se o trabalho for agradável produz a satisfação e se for desagradável produz a insatisfação. Além disso, a satisfação pode ser identificada por meio de facetas ou fatores que compõem o trabalho como: “os diferentes aspectos do trabalho, como as recompensas, outras pessoas relacionadas a ele – supervisores e colegas – as condições de trabalho e a natureza do trabalho em si” (SPECTOR, 2006, p. 229, apud MARTINS, 2007).
OBJETIVO DO TRABALHO:
Assim, o presente estudo aborda a percepção que os funcionários de um Hipermercado da cidade de Mossoró-RN têm sobre a Satisfação no Trabalho, tendo como objetivo analisar o nível de satisfação destes funcionários.
MÉTODOS:
A pesquisa pode ser classificada como descritiva e estudo de caso de natureza quantitativa. A população foi de 200 funcionários e a amostra, tida como censitária, foi de 104, referente ao número de questionários devolvidos, perfazendo uma representatividade de 52%. O questionário aplicado continha 25 questões objetivas, relacionadas aos aspectos: valorização do funcionário; remuneração; chefia; estabilidade no emprego; possibilidade de progresso profissional; treinamento e desenvolvimento; comunicação e trabalho em equipe; e instalações e segurança no trabalho. Assim, o questionário foi dividido em 08 grupos de 03 questões cada, correspondentes a cada um dos aspectos citados. A última pergunta foi elaborada no intuito de avaliar a satisfação geral. Na tabulação dos dados, criou-se uma escala, na qual a soma da pontuação de cada grupo de questões é correspondente a um nível de satisfação que varia com a pontuação obtida, sendo estabelecidos os seguintes níveis: até 03 pontos – muito insatisfeito; entre 04 e 06 – insatisfeito; entre 07 e 09 – indiferente; entre 10 e 12 – satisfeito; e acima de 13 pontos – muito satisfeito. Os dados obtidos foram analisados utilizando-se a estatística descritiva.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Há presença notória e igualitária de ambos os gêneros na empresa, sendo: 51% feminino e 49% masculino. A maior parte (62%) apresenta idade entre 20 e 29 anos. Quanto ao tempo de serviço, 49% estão na empresa a menos de um ano, sinalizando alta rotatividade. A grande maioria (67%) tem ensino médio completo e 87% recebem até um salário mínimo. Este item talvez explique a rotatividade citada. Dentre os aspectos promotores de satisfação se destacaram: trabalho em equipe e comunicação e chefia. Para estes, o índice dos que afirmaram está entre satisfeitos e muito satisfeitos ultrapassa os 60%. Assim, pode-se ressaltar que as relações interpessoais são bem valorizadas. No entanto, existe um número relevante de indiferentes em praticamente todos os aspectos, destacando-se, nesse caso: treinamento e desenvolvimento. Dessa forma, observa-se que o RH da empresa precisa rever a maneira como os treinamentos são ofertados e colocados em prática. No que tange a satisfação geral, o número de indiferentes diminuiu consideravelmente e mais de 80% afirmaram está entre satisfeitos e muito satisfeitos. Portanto, observa-se que os funcionários podem não está satisfeitos com alguns fatores do trabalho, mas de modo geral podem se sentir satisfeitos (SPECTOR, 2006 apud MARTINS, 2007).
CONCLUSÕES:
Assim, os objetivos da pesquisa foram atingidos, uma vez que identificou-se os aspectos que mais se relacionam ou influenciam a satisfação dos funcionários, bem como foi possível fazer uma análise do nível de satisfação destes. Diante de tais informações, a organização pode traçar novas estratégias de ação garantindo, assim, a satisfação dos seus funcionários, contribuindo, inclusive, para o estabelecimento de um ambiente de trabalho saudável e, consequentemente, possa crescer e se estabelecer no mercado, tendo sempre em “mente” que as pessoas e o conhecimento intelectual são a chave para o sucesso de qualquer organização.
Palavras-chave: Satisfação., Insatisfação., Trabalho..