65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 16. Orientação e Aconselhamento
PERCEPÇÃO DE ALUNOS QUANTO AO USO DE DROGAS EM ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE, MT.
ELIANA ALVES DOS SANTOS BASTOS - PROF. Ms./ Orientadora - COOPERCAMP
ORIAS VITOR RODRIGUES - COOPERCAMP
ESTELA CIMADON DOS SANTOS - COOPERCAMP
ESTHEFANIA CIMADON DOS SANTOS - COOPERCAMP
HENRIQUE JOSÉ PEGORINI - COOPERCAMP
INGRID THAIS MARCON - COOPERCAMP
INTRODUÇÃO:
A dependência de drogas é um tema que ainda inspira cuidado e zelo no que diz respeito à prevenção e tratamento. Na sociedade a droga é uma das principais causa da violência súbita aos familiares, homicídios, loucura, furto e também explica uma ruptura radical com a família. O interesse por esse assunto tem aumentado muito nas ultimas décadas. A precocidade do início do uso de álcool e outras drogas também tem sido alvo de preocupação. Vários estudos indicam que crianças e adolescentes estão iniciando cada vez mais cedo o uso destas substâncias. Alguns dos fatores fortemente associados ao uso de drogas por adolescentes são a facilidade de obtenção e o consumo de drogas pelos amigos. Na adolescência, a necessidade de fazer parte de um grupo assume grande importância, pois ajuda na afirmação da própria identidade, e dele vem parte do suporte emocional e a aceitação pelos outros componentes reforça a autoestima. Dessa forma atitudes que venham a alertar, informar e reforçar ações preventivas quanto ao uso de drogas se fazem necessárias porque crianças aprendem com exemplos, com valores.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a percepção quanto ao uso de drogas por alunos do ensino fundamental II e ensino Médio em quatro escolas no Município de Campo Verde, MT.
MÉTODOS:
O estudo foi realizado em quatro escolas do município de Campo Verde, sendo que desta, uma municipal, duas estaduais e uma cooperativa. A amostragem foi de 150 alunos inclusos nos três períodos, matutino, vespertino e noturno, com idade representativa dos alunos entre 10 e 18 anos. Foi aplicado questionário do tipo semi-estruturado para obtenção de dados sobre a percepção quanto ao uso, tratamento e problemas ocasionados pelo uso de drogas, além de palestras, distribuição de cartilha informativa sobre o resultado da pesquisa e os perigos ocasionados pelo uso de drogas, apresentação teatral e visita a Associação de Assistência às Vítimas do Álcool e Drogas – Comunidade Terapêutica Resgate Vidas, a qual atuou como parceira para a realização deste trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Dos entrevistados 56% são do sexo masculino e dizem ter bom conhecimento sobre o tema. Quanto à classe social 66% incluem-se como classe média e estão no ensino médio com idade entre 14 e 18 anos. 52% dos alunos consideram excelente o nível de conhecimento sobre drogas e seus malefícios e ainda 81% são contra a legalização de drogas como a maconha. 30%, 29%,28%, dos entrevistados julgam ser por problemas diversos, influencia de amigos e curiosidade respectivamente os motivos dos quais podem levar uma pessoa a fazer uso de drogas pela primeira vez e 56% acreditam que uso esporádico não causaria vícios e sim pequenos e reversíveis danos a saúde, e ainda bebidas como cerveja, caipirinha, ice, não são consideradas “drogas” segundo 87% dos entrevistados, o que contrapõem o conhecimento que estes alunos julgam ter quanto ao assunto por ignorarem o fator de vício dos produtos alcoólicos e acreditarem ter mais cunho de socialização do que de problemas para a saúde. Dentre todos os entrevistados os alunos de 10 a 15 anos foram os que mais expressaram a importância da família e da religião como fatores que os manteriam longe das drogas e que a escola e a igreja é um espaço comum para a divulgação de palestras, e conscientização com toda a família para a prevenção deste mal.
CONCLUSÕES:
As relações estabelecidas pelos seres humanos com as drogas ao longo da história têm cada vez menos fundamentos e propósitos, ou ainda, que as causas pelas quais são utilizadas são cada vez menos nobres e dignas de respeito uma vez que estas trazem conflitos às famílias, ao próprio indivíduo e a sociedade. Assim trazer de forma esclarecida e incessável medidas que reforcem o propósito da família e dos valores do bem viver e conviver com saúde e exercendo o papel dentro da sociedade em que esta inserida.
Palavras-chave: adolescentes, conscientização, entorpecentes.