65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
OSMORREGULADORES EM FOLHAS DE MANGUEIRA SUBMETIDO AO ESTRESSE HÍDRICO
Antonia Gilciléia Cunha da Conceição - Estudante de Graduação do Curso de Agronomia, UFRA - CAMPUS Capitão Poço
Roberto Rivelino do Nascimento Barbosa - Estudante de Graduação do Curso de Agronomia, UFRA - CAMPUS Capitão Poço
Francisca Antonia Xavier Bezerra - Estudante de Graduação do Curso de Agronomia, UFRA - CAMPUS Capitão Poço
Jackeline Araújo Mota Siqueira - Estudante de Mestrado em fitopatologia-UENFE
Cândido Ferreira de Oliveira Neto - Prof. Dr./ Campus de Capitão Poço- UFRA.
Roberto Cezar Lobo da Costa - Prof. Dr./ Instituto de Ciências Agrárias (ICA)- UFRA.
INTRODUÇÃO:
A mangueira Mangifera indica L. é cultivada em todas as regiões fisiográficas no Brasil, com destaque para o Sudeste e para o Nordeste. A manga é uma das frutas mais procuradas no mundo, sendo consumida principalmente in natura, mas pode ser transformada em numerosos produtos como polpa simples, suco, sorvete, geleias, compotas, entre outras. É ótima fonte de vitaminas A, B, B2, PP e C. A disponibilidade hídrica é um dos fatores ambientais limitantes da diversidade e da produtividade dos vegetais, e sua deficiência no solo pode comprometer as funções vitais ou estimular reações adaptativas que capacitem as plantas a sobreviverem por longos períodos de estresse hídrico. Estudos têm demonstrado que na presença de déficit hídrico, as plantas podem utilizar mecanismos de tolerância, como o ajuste osmótico, para que a célula absorva água e mantenha o potencial de pressão em níveis adequados, além disso, última pode ser considerada como ajuste osmótico a diminuição do potencial osmótico, em reposta ao déficit hídrico, pode resultar de uma concentração.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste trabalho foi estudar os comportamento de carboidratos e prolina submetidas à deficiência hídrica em plantas de mangueira.
MÉTODOS:
O experimento foi realizado durante 60 dias em casa de vegetação do campus da Universidade Federal Rural da Amazônia, em Belém – Pará. As mudas de mangueira foram fornecidas pela AIMEX (Associação das Indústrias Madeireiras do Estado do Pará). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado em fatorial do tipo 2 x 2 [condições hídricas (irrigado e não irrigado) x tempo (15 e 30 dias sob suspensão hídrica), com 6 (seis) repetições, totalizando 24 unidades experimentais, distribuídas ao acaso. Foi aplicada a análise de variância nos resultados e comparadas às médias pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância, realizadas através do Sas- institute (1996). As coletas foram feitas destrutivas, sempre às 9:00 h da manhã. Imediatamente após a coleta, as folhas foram congeladas em freezer (- 20 º C), e depois levadas a estufas de circulação de ar forçada a 65 ºC, até a secagem para preparo do pó. A partir deste pó foram analisados os teores de prolina e de carboidratos solúveis totais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados mostraram uma redução do potencial hídrico teve uma média de -0,2 MPa (plantas controle), -1,6MPa (estresse com 15 dias) e -4,1MPa (estresse com 30 dias) respectivamente. Nas plantas estressadas durante os 15 primeiros dias, ocorreu um aumento nas concentrações de carboidratos e de prolina. Nos carboidratos houve uma variação de 1,62mmol de GLU/ g MS (plantas controle) para 3,23mmol de GLU/ g MS (plantas com 15 dias de estresse) e 8,22mmol de GLU/ g MS (plantas com 30 dias de estresse). Nas concentrações de prolina a variação foi de 10,02 mmol Pro/gMS (plantas controle) para 29,31 mmol Pro/gMS (plantas com 15 dias de estresse) e 49,18 mmol Pro/g MS (plantas com 30 dias de estresse). O aumento nos níveis de prolina ocorreu, provavelmente, através do aumento da atividade e/ou concentração de enzima P-5CR e/ou diminuição da degradação mitocondrial desse iminoácido, Já nos carboidratos solúveis totais, a elevação de sua concentração nas folhas, está ligada à finalidade de se manter o nível de água no meio celular, e também a indução da quebra de amido da folha para aumentar as concentrações de carboidratos livres no citoplasma celular, visando o equilíbrio osmótico. Portanto, o acréscimo nos teores de prolina e de carboidratos solúveis totais, se deve, provavelmente, ao fato de ambos atuarem como reguladores osmóticos, em plantas com baixo potencial hídrico na folha.
CONCLUSÕES:
A deficiência hídrica promoveu um aumento significativo dos carboidratos solúveis totais e nas concentrações de prolina.
Palavras-chave: Prolina, Mangueira, Carboidratos solúveis totais.