65ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 6. Bioquímica |
Cascas de Commiphora leptophloeos: Dosagem Fenólica e Ação antimicrobiana contra Staphylococcus aureus e Microccocus luteus |
Elaine Caroline do Nascimento e Silva - Depto. de Bioquímica. Laboratórios de Glicoproteínas e Produtos Naturais – UFPE Aline de Paula Caetano - Depto. de Bioquímica. Laboratórios de Glicoproteínas e Produtos Naturais – UFPE Jorge Jose de Souza Pereira - Depto. de Bioquímica. Laboratórios de Glicoproteínas e Produtos Naturais – UFPE Vanessa Farias de Oliveira - Depto. de Bioquímica. Laboratórios de Glicoproteínas Márcia Vanusa da Silva - Profa. Dra./Orientadora - Depto. de Bioquímica Laboratório Produtos Naturais – U Maria Tereza dos Santos Correia - Profa. Dra./Orientadora - Depto. de Bioquímica- Laboratórios de Glicoproteínas |
INTRODUÇÃO: |
Staphylococcus aureus e Microccocus luteus são patógenos humanos oportunistas e frequentemente estão associados a infecções adquiridas no ambiente hospitalar. As infecções mais comuns envolvem a pele (celulite, impetigo) e feridas em sítios diversos. Algumas infecções por S. aureus são agudas e podem disseminar para diferentes tecidos e provocar focos metastáticos. Episódios mais graves, como bacteremia, pneumonia, osteomielite, endocardite, miocardite, pericardite e meningite, também podem ocorrer. Já o Micrococcus luteus embora não produza nenhuma doença infecciosa é considerado um contaminante nosocomial ,ou seja,adquirido numa unidade hospitalar, e normalmente em pessoas imunodeficientes, o papel desta bactéria no organismo é o de reforçar infecções como , por exemplo, meningite, pneumonia, infecções do trato urinário. A espécie de Commiphora leptophloeos conhecida popularmente como umburana, pertence a família Burseraceae. A casca desta espécie é usada na medicina popular no tratamento diversas enfermidades, sendo uma importante fonte de compostos bioativos. Diante do fenômeno de resistência microbiana, a busca de novas fontes de compostos antibacterianos é fundamental para o desenvolvimento de novos fármacos. |
OBJETIVO DO TRABALHO: |
Neste contexto, este trabalho objetivou-se analisar a atividade antimicrobiana dos extratos metanolico (EM) acetato de etila (EAE) da casca de Commiphora leptophloeos através da Concentração Mínima Inibitória (MIC) bem como a dosagem do teor fenólico dos extratos |
MÉTODOS: |
O material vegetal foi coletado no PARNA do Catimbau-PE, processado, identificado e incorporado ao acervo do Herbário do Instituto Agronômico de Pernambuco. Em seguida, as cascas foram secas e processadas para obtenção da farinha. Para obtenção dos extratos, foram utilizadas 5g da casca para cada solvente (metanol e acetato de etila) na proporção de 1:10, mantidos sob agitação por 24horas, em seguida o material foi filtrado, evaporado e mantido em diferentes concentrações para posterior estudo. Os microorganismos: S. aureus (UFPEDA 02) e M. luteus (UFPEDA 100) foram disponibilizadas pelo Departamento de Antibióticos - UFPE (UFPEDA). Para analise da MIC foi realizada a diluição em série do extrato, em meio de cultura MHC (Mueller-Hinton Caldo) e 100 mL de uma suspensão microbiana (aproximadamente 1,5 x 108 UFC / mL) foram adicionados. As amostras foram incubadas por 24 horas a 37 ° C. Solução de resazurina (0,01%).foi usado como um indicador de mudança de cor de visualização: qualquer alteração de cor de púrpura a rosa foi registrado como crescimento bacteriano. A menor concentração em que nenhuma mudança de cor ocorreu foi tomado como o MIC. A dosagem fenólica foi realizada pelo método de Folin–Ciocalteu, sendo os resultados expressos como μg de equivalentes de ácido gálico (EAG) |
RESULTADOS E DISCUSSÃO: |
Os resultados mostraram que os extratos apresentaram amplo espectro de atividade. Para M. luteus os extratos inibiram fortemente com MIC: 0.097 mg/mL e 0.195 mg/mL para os EM e EAE. e S. aureus apresentaram MIC: 0.125 mg/mL e 3.195 mg/mL para os EM e EAE respectivamente. Para dosagem do conteúdo fenólico Commiphora leptophloeos apresentou dosagem fenóis totais de 12,54 ± 0,16 mg/g EAG e 6,35 ± 3,85 mg/g EAG para os extratos metanolico e acetato de etila respectivamente |
CONCLUSÕES: |
Como conclusão, com exceção do extrato acetato de etila para S. aureus os demais extratos apresentaram resultados significativos (CMI < 1 mg/mL) inibindo o crescimento bacteriano, bem como um alto teor de compostos fenólicos do extrato metanolico.Sendo um extrato promissor para inibição bacteriana. O isolamento e identificação dessas moléculas são de suma importância para o desenvolvimento de novas drogas |
Palavras-chave: infecção hospitalar, extrato, Concentração Mínima Inibitória. |