64ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
POTENCIAL HÍDRICO, CRA E TEORES DE PROLINA EM FOLHAS DE Hymenaea courbaril L. E Hymenaea stigonocarpa Mart. SUBMETIDAS À DEFICIÊNCIA HÍDRICA E REIDRATAÇÃO
Guilherme Gomes Dantas 1
Luana Moraes da Luz 1
Mayra Taniely Ribeiro Abade 1
Maria Eunice Lima Rocha 1
Roberto Cezar Lobo da Costa 1
Cândido Ferreira de Oliveira Neto 1
1. Curso de Agronomia, Campus de Capitão Poço - UFRA
2. MSc. Engenheira Agrônoma.
3. Curso de Agronomia, Campus de Capitão Poço - UFRA
4. Curso de Agronomia, Campus de Capitão Poço - UFRA
5. Prof. Dr/Orientador – Belém- UFRA
6. Prof. Dr/Orientador – Campus de Capitão Poço - UFRA
INTRODUÇÃO:
A alternativamente, o plantio de mudas pode ocorrer em meses mais secos do ano, ou naqueles sujeitos a períodos de veranico. Nesse caso, a evapotranspiração geralmente excede as médias das precipitações, caracterizando uma condição de deficiência hídrica limitante ao crescimento e desenvolvimento das plantas. Entre as espécies nativas, que vem sendo utilizadas no reflorestamento da região Amazônica e servindo como estudos para diversas áreas, estão às espécies Hymenaea courbaril e Hymenaea stigonocarpa. Dentre os solutos envolvidos no processo de ajustamento osmótico, a prolina tem aparecido na literatura como sendo um aminoácido particularmente sensível ao estresse. O acúmulo pode representar um mecanismo de sobrevivência ao período de estresse, em função de um melhor ajustamento osmótico induzido por esse aminoácido. Logo, as respostas das plantas quando submetidas à deficiência hídrica é o que vai determinar o seu nível de tolerância à seca. A tolerância ou sensibilidade de espécies de planta para condições hídricas extremas é de importância decisiva para sua utilização em plantios de recuperação florestal O objetivo deste trabalho foi verificar os teores de prolina em resposta ao déficit hídrico e a reidratação em folhas de jatobá.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação pertencente ao Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém/PA, entre os meses de março a setembro de 2011. Foram utilizadas cento e cinqüenta mudas das espécies Hymenaea courbaril e H. stigonocarpa. As respostas ao déficit hídrico foram avaliadas nos dias 0, 13 e 26, e as respostas a reidratação foram avaliadas no 2º e 4º dia após os 26 dias de estresse. O potencial hídrico foi determinado na antemanhã (Ψwam), entre 4:30 às 5:30h através de uma bomba de pressão do tipo Scholander (mod. Pms Instrument Co., Corvalles, USA) e para a análise do conteúdo relativo de água e prolina na folha foi utilizado a metodologia de Slavick e Bates. A análise de variância entre os fatores foi realizada utilizando-se o GLM do Software estatístico MINITAB 14 (2004) e ASSISTAT 7.6 (2011), enquanto as diferenças entre as médias foram segregadas com testes múltiplos de Tukey.
RESULTADOS:
O Ψwam das plantas decrescem significativamente (p≤0.05) com o tempo de estresse hídrico em ambas as espécies, mas H. courbaril foi mais severamente afetada pelo estresse com valor de -2.5 MPa decorrido 26 dias da suspensão hídrica comparada com o valor -0,94 MPa apresentado por H. stigonocarpa. . Em H. courbail e H. stigonocarpa o transporte após o estresse não foi completamente prejudicado, pois quando reidratadas as espécies recuperaram seu potencial inicial que se encontravam entre -0.35 à -0.45MPa, no entanto somente a H. stigonocarpa foi recuperada integralmente decorrido apenas 48h após a reirrigação, ao contrário da outra espécie que levou 96h. O aumento da taxa de prolina foi evidente desde os treze dias de estresse, se acentuando no vigésimo sexto dia em ambas as espécies. Apesar da H. stigonocarpa ter uma concentração de prolina significativamente menor, alterando de 1,32 a 3,52µmol de prolina.g-1 MS, que a H. courbaril, alterando de 1,87 a 4,88µmol de prolina.g-1 MS, o acréscimo nas concentrações de prolina nas duas espécies foi igual de, aproximadamente, 2,6 vezes maior que a inicial. Ambas as espécies recuperam suas concentrações após reidratação.
CONCLUSÃO:
As concentrações de prolina elevaram quando as plantas são submetidas ao estresse hídrico durante vinte e seis dias, promovendo com isso, o ajustamento osmótico das espécies estudadas.
Palavras-chave: Potencial hídrico, Concentrações de prolina, Reidratação.