64ª Reunião Anual da SBPC |
A. Ciências Exatas e da Terra - 2. Ciência da Computação - 4. Engenharia de Software |
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A LOGÍSTICA REVERSA DAS SOBRAS DAS REFEIÇÕES DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DA UFRA. |
Josiane Santos da Silva 1 Carlos Lopes 1 Fábio Bezerra 2 Carlos Augusto Cordeiro Costa 2 Rafael Sales Ohashi 1 Edilcina Monteiro Ferreira 1 |
1. Graduanda de Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA 2. Graduando de Bacharelado em Informática Agrária, Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA 3. Prof. Dr. do Instituto Ciberespacial, Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA 4. Prof. Dr. do Instituto Sócio Ambiental e dos Recursos Hídricos, Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA 5. Graduanda de Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA 6. Graduanda de Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA |
INTRODUÇÃO: |
A UFRA é uma instituição de ensino superior do estado do Pará fortemente voltada para as ciências agrárias. O seu campus principal fica na cidade de Belém e conta com quatro institutos, uma biblioteca, um hospital veterinário, fazendas experimentais, laboratórios, espaço para prática esportiva e um restaurante universitário, o RU-UFRA, que durante o período letivo do calendário acadêmico, serve aproximadamente 600 refeições diárias. Desse montante, aproximadamente 23,6 Kg em média é descartado como resultado da manipulação e preparação das refeições, bem como das sobras das refeições consumidas pelo público que frequenta o restaurante (alunos, técnicos, etc.). Considerando que o ano letivo tem aproximadamente 270 dias, o descarte de material orgânico fica próximo de 6,37 toneladas ao ano. Um volume elevado, mesmo limitando-se a um único restaurante. Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar um modelo de logística reversa para reciclagem das sobras das refeições servidas no RU-UFRA, bem como um sistema de informação que apoie tal modelo. Esse modelo visa à transformação de matéria orgânica (sobras das refeições) em produto (ração e/ou adubo), enquanto o sistema visa o gerenciamento das etapas de processamento. |
METODOLOGIA: |
Foram coletados restos de alimentos das refeições servidas no almoço do Restaurante Universitário da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, durante um período de 10 dias úteis. O acompanhamento foi feito através de planilha contendo o cardápio diário, datas e peso dos restos das refeições. As amostras coletadas foram levadas a estufa de pressão forçada a 72ºC por 48 horas. Após a desidratação do material, as amostras foram pesadas, trituradas e peneiradas, para posterior análise. |
RESULTADOS: |
Para o beneficiamento da matéria orgânica produzida pelo restaurante em adubo ou ração, criamos um modelo de processo contendo até oito atividades: pesagem, secagem, trituração, caracterização (física, química e biológica), enriquecimento, trituração, pelotização e embalagem. A pesagem tem por objetivo registrar as informações referentes à massa, data, hora, local e o cardápio. A secagem é o processo que visa à desidratação do lote através de estufas com temperaturas controladas. Depois de seco, o lote é encaminhado ao processo de trituração e peneiragem, que tem por objetivo fragmentar e filtrar. A etapa seguinte é a caracterização da massa seca a partir de uma amostra. Os resíduos após a peneiragem são armazenados para utilização em outras aplicações (ex. adubos) e a massa peneirada é pode ser encaminhada para o enriquecimento, que é a etapa responsável pela adição de nutrientes para suprir as deficiências identificadas na aplicação do lote, por exemplo, adicionar cálcio porque a ração é para cachorro de grande porte. A pelotização é a etapa que tem por objetivo aglomerar partículas da massa triturada por meio de um equipamento que dá forma a ração. Finalmente a embalagem e distribuição dos produtos gerados. Atualmente a distribuição visa à demanda da UFRA. |
CONCLUSÃO: |
A logística reversa é um tópico de interesse principalmente das áreas de pesquisa operacional, administração e engenharia ambiental. O modelo proposto ainda não está em uso na UFRA, pois a universidade ainda depende da preparação de alguns lugares de processamento do lote, por exemplo, equipamentos mais adequados para apoiar as etapas de trituração, pelotização e empacotamento. Além disso, o estágio atual de desenvolvimento do software é maduro o suficiente para colocá-lo em operação, mesmo considerando que novas funcionalidades podem ser adicionadas ao SHIFT. Quando o sistema estiver em operação, vários estudos sobre os dados armazenados no sistema podem ser conduzidos. Por exemplo, regras de associação podem ser definidas a partir da combinação de variáveis como cardápio, itens do cardápio e massa do lote, através da aplicação de técnicas de mineração de dados. Também podem ser aplicadas técnicas de mineração de processo, que poderiam indicar informações relacionadas ao processamento do lote, como por exemplo, identificação de atividades ou etapas cujo processamento impacta no desempenho de todo o processo. |
Palavras-chave: Restos de Alimentos, Logísticas Reversa, Restaurante Universitário. |