64ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 6. Recursos Florestais e Engenharia Florestal |
ARMAZENAMENTO DE AÇAÍ (Euterpe oleracea Mart.) |
Andreza Pereira Mendonça 1 Gessyka Aves Correia 2 Lilian Inácio de Morais 3 Maria Elessandra Araújo 4 Yonara Taiane Torres Barbosa Lima 5 |
1. Profa. Ms/ orientadora. Departamento de ensino – IFRO- Campus Ji-Paraná 2. Acadêmica Inst. Federal de Rondônia, Campus Ji-Paraná – IFRO. 3. Acadêmica Inst. Federal de Rondônia, Campus Ji-Paraná – IFRO. 4. Profa Doutora/ Departamento de ensino Campus Ji-Paraná – IFRO 5. Acadêmica Inst. Federal de Rondônia, Campus Ji-Paraná – IFRO |
INTRODUÇÃO: |
O Açaizeiro pode ser considerado atualmente na Região Norte, uma das espécies mais importantes do ponto de vista cultural, econômico e social. Podendo ainda ser utilizado na produção de celulose, fabricação de casas, cercas, arborização, medicina caseira e corante natural. Além disso, apresentam grande potencial para aumento do estoque de alimento pelo manejo dos recursos naturais ali existentes. No entanto as sementes de Euterpe oleracea são recalcitrantes, geralmente apresentam atividade metabólica intensa, tanto durante sua formação, quanto após sua colheita, por serem mantidas com teores de água relativamente elevados (CASTRO et al. 2004). Contudo, a literatura ainda é deficiente em relação ao armazenamento. Assim, o conhecimento sobre a fisiologia da semente e da germinação são necessários para o desenvolvimento de tecnologias favoráveis à produção, à qualidade e à conservação de sementes do açaí NASCIMENTO et al., 2007). Neste contexto este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos causados pela temperatura e grau de umidade e a qualidade fisiológica de sementes de Euterpe oleracea durante o processo de armazenamento. |
METODOLOGIA: |
O trabalho foi realizado entre o período de agosto de 2010 a julho de 2011, no viveiro do Instituto Federal de Rondônia - Campus Ji-Paraná. Foram utilizadas sementes de açaí (Euterpe oleracea Mart.) provenientes de áreas circunvizinhas ao município de Ji-Paraná, Rondônia. Os frutos maduros foram submetidos à extração do epicarpo e do mesocarpo em despolpadora manual, em seguida lavados em água corrente para retirada dos resíduos. Anteriormente à secagem, foi determinado o teor de água inicial das sementes (Brasil, 1992). Amostras foram submetidas à desidratação em equipamento com circulação forçada de ar (30±2ºC), até alcançar os teores de água de 38%, 30%, 20% e 14%. Uma vez obtidos os tratamentos relativos aos diferentes graus de umidade, as sementes foram armazenadas em temperaturas de 10±2ºC no período de 30 dias. Após a obtenção dos tratamentos realizou-se testes de germinação seguindo os procedimentos adotados nas Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 1992). Utilizou-se delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro repetições para as avaliações fisiológicas. O software utilizado na análise foi o ASSISTAT, Versão 7.5 (2008), e as médias, após análise. |
RESULTADOS: |
A desidratação progressiva intensificou o processo de deterioração das sementes. O avanço no processo de secagem afetou o desempenho das sementes. Os valores inferiores a 20% de água apresentaram acentuada redução da germinação. Sementes de espécies do gênero Euterpe são classificadas como sensíveis à dessecação; a viabilidade é reduzida quando secas a níveis abaixo de 30%, como observado em sementes de Euterpe espiritosantensis (MARTINS; NAKAGAWA; BOVI, 1999) e Euterpe edulis (MARTINS; NAKAGAWA; BOVI, 2000). Além dessa sensibilidade ao dessecamento, há indicações de reduzida tolerância das sementes às condições térmicas em ambiente mantido com temperatura igual ou inferior a 15°C (NOGUEIRA et al., 1995). As sementes armazenadas a temperatura de 10ºC apresentaram taxa de germinação nula. O armazenamento de sementes recalcitrantes parcialmente desidratadas pode ser utilizado como técnica alternativa, visando reduzir a contaminação por fungos e a germinação dentro das embalagens (NORMAH; CHIN, 1989). Os Valores médios de germinação obtido das sementes são: Umidade 40%, Germinação 69,3%. Umidade 38%, Germinação 54,6%. Umidade 30%, Germinação 44,6%. Umidade 20%, Germinação 42,6%. Umidade 14%, Germinação 0,0%. |
CONCLUSÃO: |
A partir de 30 % de água a dessecação favorece progressivamente a deterioração das sementes e ao atingirem 14% as sementes não germinam. |
Palavras-chave: Secagem, Armazenamento, Vigor. |