64ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia |
EFEITO DE BIOREGULADOR EM SEMENTES DE MUCUNA PRETA |
Jaciara de Souza Bispo 1 Érica Oliveira Ramos 1 Erifranklin Nascimento Santos 1 José Silva Monte Santo 1 Anna Christina Passos Menezes 2 |
1. Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais – UNEB, Juazeiro – BA. 2. Profa. Dra/Orientadora - Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais – UNEB, Juazeiro – BA. |
INTRODUÇÃO: |
A mucuna-preta (Stizolobium aterrimum - Piper & Tracy) ocupa lugar de destaque entre as leguminosas pelo seu uso como forrageira na alimentação bovina, na rotação de culturas, na descompactação do solo, no controle de nematóides do solo e na fixação natural do nitrogênio no solo mediante a simbiose com bactérias do gênero Rhyzobium e Bradyrhyzobium nas raízes e também por possuírem altos teores de compostos orgânicos nitrogenados como também a presença de um sistema radicular muito profundo e com ramificações, capaz de extrair nutrientes das camadas mais profundas do solo (EVANGELISTA & ROCHA, 1998; CARVALHO; AMABILE, 2006). A aplicação de produtos via sementes ou foliar tem se tornado uma prática agrícola rotineira, destacando-se o uso de fungicidas, inseticidas, inoculantes, antibióticos, reguladores, entre outros (COBUCCI et al., 2004). Os biorreguladores vegetais são substâncias sintetizadas que, aplicadas exogenamente, possuem ações similares à dos grupos de fitormônios conhecidos (VIEIRA & CASTRO, 2002), os quais promovem, inibem ou modificam processos fisiológicos e morfológicos do vegetal (CASTRO & VIEIRA, 2001). Objetivou-se com esse trabalho avaliar a emergência e desenvolvimento de plântulas de mucuna preta associada à biorregulador. |
METODOLOGIA: |
As sementes de mucuna preta utilizadas neste trabalho foram adquiridas no comércio de Petrolina/PE, e os testes foram conduzidos no Laboratório Didático de Sementes do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais /UNEB em Juazeiro – BA. Para o tratamento das sementes foi utilizado produto comercial contendo 90 mgL-1 (0,009%) de cinetina, 50 mgL-1 (0,005 %) de ácido giberélico, 50 mgL-1 (0,005%) de ácido indolbutírico e 99,981% de ingredientes inertes. As sementes após homogeneização e seleção foram acondicionadas em becker com capacidade de 500 ml de solução e agitadas durante 5 minutos, sendo T1: sem imersão das sementes na mistura comercial; T2: 10 mlL-1 da mistura comercial; T3: 20 mlL-1 da mistura comercial e T4: 30 mlL-1 da mistura comercial; em seguida foram colocadas sobre papel toalha para secar por uma hora; após este intervalo de tempo as sementes foram semeadas em bandejas, a profundidade de 1,0cm, contendo substrato comercial (Plantmax®), mantidas em casa de vegetação com sombrite 50%, com quatro repetições de 25 sementes/tratamento, delineamento inteiramente casualizado. O experimento foi conduzido por 20 dias. Determinou-se: percentagem e velocidade de emergência, altura de plantas, massa seca da planta, número de folhas e comprimento de raiz. |
RESULTADOS: |
As concentrações do bioregulador aplicadas via semente não influenciaram significativamente (P < 0,05) a percentagem e velocidade médias de emergência dos diásporos de mucuna preta, 83, 25% e 5,33 dias, respectivamente. Resultado semelhante foi encontrado por Albuquerque et al. (2004) em sementes de mamona, como também Dourado Neto et al. (2004) em plantas de milho, onde as sementes tratadas com o promotor de crescimento tiveram a mesma porcentagem de emergência em relação às sementes embebidas apenas em água destilada. Estes resultados diferem dos encontrados por Ferreira et al. (2007), onde sementes de maracujá, apresentaram aumento significativo na porcentagem de emergência quando tratados com bioestimulante à base de ácido indolbutírico + giberelina + citocinina em concentrações de 12 e 16 ml/Kg de semente. No que se referem ao crescimento das plantas, os tratamentos utilizados nesse experimento, também não foram estatisticamente significativos. Raven et al. (2007), mencionaram que a resposta a um dado regulador não depende somente da sua estrutura química, mas também de como ele é reconhecido pelo tecido alvo. |
CONCLUSÃO: |
O bioregulador à base de cinetina + ácido giberélico + ácido indolbutírico, aplicado aos diásporos de mucuna preta não alterou significativamente todas as variáveis estudadas. |
Palavras-chave: Desempenho fisiológico, Stizolobium aterrimum, Regulador vegetal. |