64ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 2. Ensino de Física
O USO DA EXPERIMENTAÇÃO PARA ABORDAR A ÓPTICA DA VISÃO EM CURSINHO PRÉ-VESTIBULAR
Francisco Carlos Almeida de Souza 1
José Darlon Nascimento Alves 2
Giseli do Socorro da Silva Sampaio 3
Lucicléia Pereira da Silva 4
1. Discente do Instituto Federal do Pará
2. Discente da Universidade do Estado do Pará
3. Discente da Universidade do Estado do Pará
4. Professora Mestre/orientadora Depto de Ciências Naturais da UEPA
INTRODUÇÃO:
Observa-se tanto para os estudantes que estão concluindo ou já concluíram o ensino médio a dificuldade na aprendizagem dos conteúdos específicos de física, Entre eles, pode-se destacar o estudo da óptica, em que os alunos observam muitas resoluções trabalhosas e pouca prática. Mas é um estudo importante como afima Ferraro e Soares (p.322, 2004) “Por meio dos nossos cinco sentidos, temos a percepção do mundo que nos rodeia. Uma parcela considerável dessa percepção é proporcionada pela visão, graças à luz que recebemos dos objetos de nosso ambiente.” Esta realidade diminui o rendimento deste público. Exemplo disso é o ensino em cursinhos pré-vestibulares onde os alunos não são orientados a visualizar a aplicabilidade das ciências. Por conta disso, este trabalho foi planejado para intervir por meio da experimentação, em conjunto com os alunos de um cursinho no município de Capitão-Poço/PA.
O objetivo deste trabalho foi analisar o grau de compreensão dos alunos com a prática, a importância da óptica para a nossa vida e dos outros animais. Com isso, permitir novas formas de ensino, não somente o tradicional e mecânico.
METODOLOGIA:
Esta pesquisa foi desenvolvida no Cursinho Cosmos Pré-vestibular, em uma turma com 22 alunos. A metodologia consistiu na aplicação de um pré-teste para sondagem de conhecimentos prévios sobre situações cotidianas envolvendo óptica; uma atividade experimental envolvendo a dissecação de olho de boi descartado em matadouros do município (SABA et al. 2001), na qual os alunos analisaram as partes que constituem o olho do boi e fizeram a relação com a fisiologia do olho humano e a visão. Após desenvolvimento da atividade foi aplicado um pós-teste com dez questões (as cinco do pré-teste e outras cinco explorando a relação teoria e prática discutida durante aula experimental).
RESULTADOS:
Ao se fazer a tabulação dos dados do pré-teste, foi identificado que cerca de 40,9% dos estudantes acertaram as 5 questões. Em se tratando da 1ª pergunta, 77,3% do público acertaram, Em relação à questão seguinte que relacionava ao aspecto biológico desse fenômeno físico, 100% dos alunos acertaram marcando a alternativa visão. A terceira questão que tratava de que fenômeno físico estava mais relacionado com a óptica, 72,7% dos estudantes acertaram. Na quarta questão 59,1% obtiveram êxito, isso se dá devido principalmente à falta de contextualização dos conteúdos. Com a aplicação do pós-teste, visualizou-se que em relação às 5 primeiras questões que foram repetidas, 72,7% acertaram todas e 27,3% acertaram 4 questões, isso demonstra a importância da experimentação na aprendizagem. Na sexta indagação, 81,8% dos alunos erraram somente 18,2% acertaram marcando a alternativa pupila. Em relação à próxima questão que, 77,3% acertaram, isso demonstra que os educandos ao realizar a dissecação o grau de assimilação dos mesmos aumentaram.
Quanto à oitava questão 95,5% acertaram, nessa questão houve o maior grau de acertos por parte dos alunos, devido principalmente ao analisarem este fato na experiência. E o índice de acertos das duas ultimas questões, foram 72,7% e 77,3%, respectivamente.
CONCLUSÃO:
Com base nos resultados, fica evidente que o índice de assimilação dos conteúdos aumenta significativamente quando se utiliza uma abordagem prática e isso reflete diretamente no desempenho dos alunos em questões focadas em vestibulares, onde a maioria conseguiu resultados satisfatórios. Isso implica em uma alternativa a se pensar nos cursinhos pré-vestibulares.
Palavras-chave: Educação, Experiências, Alunos.