64ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 3. Microbiologia
AVALIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA (CIM) DOS EXTRATOS MACERADO E PERCOLADO DAS FOLHAS DE Psidium guajava.
Arlyson Igor Pereira Balata 1,2,3
Abgail Trindade Oliveira Castro 1,2,5
Carolyna Lopes Leitão Couto 2,5
Flávia Maria Mendonça Amaral 1,2,5
Márcia Cristina Gonçalves Maciel 3
Flávia Raquel Fernandes do Nascimento 2,3,4
1. Departamento de Farmácia – UFMA
2. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – UFMA
3. Laboratório de Imunofisiologia - UFMA
4. Departamento de Patologia – UFMA
5. Laboratório de Fitofármacos - UFMA
INTRODUÇÃO:
A árvore do Psidim guajava L., popularmente conhecida como goiabeira, pertence à famĺia das Myrtáceas. Com origem nas Américas Central e Sul é cultivada em todos os países de clima Tropical. Na medicina popular é usada para colite, dor de barriga, cólica, diarréia e desinteria. Estudos fitoquímicos demonstraram ser composta por taninos e abundantemente de óleos essenciais. A literatura relata atividades antimutagênicas, antiinflamatórias, antialérgica, antimicrobiana e propriedades antioxidantes. Com isso, o objetivo do nosso trabalho foi avaliar a CIM (Concentração Inibitória Mínima) dos extratos obtidos por maceração e percolação.
METODOLOGIA:
Os extratos de maceração e percolação foram submetidos à determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) em placas de cultura de 96 poços, com microdiluições, de acordo com Andrews (2001). Em cada orifício da placa foi adicionado 180μL do meio de cultura BHI líquido (HIMEDIA), 20 μL de suspensão do inóculo bacteriano (ATCC's Staphyloccocus aureus 25923 e Escherichia coli 25922) em concentração aproximada de 108 UFC/mL (correspondente à escala 0,5 de McFarland = concentração padrão) e por fim, após a diluição seriada, 10 μL dos extratos, em diluições de 50 mg/mL 25, 12,5 e 6,25mg/mL; incubadas a 35,5ºC por 24 horas (Estufa SOLAB). Utilizou-se Cloranfenicol como controle positivo nas concentrações 200, 100, 50 e 25mg/mL e como controle negativo, apenas meio BHI (caldo) + água estéril para injeção. Após incubação, 5 μL do conteúdo de cada poço foi colocado em placas de petri com Müeller Hinton (HIMEDIA) que foram novamente incubadas a 35,5ºC por 24 horas, para verificar o crescimento bacteriano. A CIM foi determinada como a menor concentração onde não foi possível detectar crescimento bacteriano, sendo expressa em mg/mL.
RESULTADOS:
As placas petri com controle negativo demonstraram crescimento de S. aureus e E. coli e, nas placas com controle positivo, houve limitações no crescimento das duas bactérias, validando o estudo. Na análise do crescimento da bactéria Gram-positiva nas placas petri, percebemos que o extrato macerado quando comparado com o controle negativo, inibiu o crescimento da S. aureus na concentração de 50mg/mL e 25mg/mL sendo mais efetivo que o controle positivo. Na avaliação do extrato percolado, observou-se uma inibição do crescimento nas concentrações de 50mg/mL, 25mg/mL. Sua inibição foi tão relevante que não houve o crescimento de nenhuma colônia, na concentração de 12,5mg/mL a inibição foi semelhante ao controle positivo, apresentando colônias com crescimento limitado. Na análise da Gram-negativa apenas o extrato percolado apresentou atividade antimicrobiana com a concentração de 50mg/mL, sendo tão efetivo quanto o controle positivo.
CONCLUSÃO:
O extrato macerado de Psidium guajava L. apresentou como CIM 25mg/mL, enquanto que o extrato percolado obteve inibição do crescimento a partir de 12,5mg/mL. Além disso, apenas este obteve atividade contra E. coli na maior concentração estudada (50mg/mL). Com esses resultados percebemos que o extrato obtido por percolação foi mais amplo que o extrato macerado. Assim, para estudos futuros com o Psidium guajava L., a extração por percolação é mais adequada utilizando concentrações de 50mg/mL.
Palavras-chave: Psidium guajava L., Concentração Inibitória Mínima (CIM), Métodos extrativos.