64ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 13. Parasitologia - 5. Protozoologia de Parasitos |
Estudo do envolvimento da galectina-3 da célula hospedeira na adesão, invasão e tráfego intracelular por amastigostas extracelulares de Trypanosoma cruzi |
Lilian Cruz 1 Fabrício Castro Machado 1 Maria Cristina Roque Barreira 2 Claudio Vieira da Silva 1 |
1. Universidade Federal de Uberlândia 2. Universidade de São Paulo- FMRP-USP |
INTRODUÇÃO: |
As vias de sinalização envolvidas no processo de invasão de formas amastigotas extracelulares (AE) de estão gradualmente sendo descobertas. A anexina-A2, membro da família de anexinas que inclui proteínas que se ligam ao cálcio e fosfolipídeos, é uma molécula que participa na regulação do tráfego de membranas e na organização do citoesqueleto. A galectina-3 pertence a uma família de proteínas que se ligam a resíduos de beta-galactosídeos, as galectinas, e está envolvida com inúmeras funções incluindo tráfego protéico e vias endocíticas. A capacidade de AE em invadir a célula hospedeira está associada com a reestruturação do citoesqueleto e pode estar conectada com a ativação de vias de sinalização específicas que podem implicar no envolvimento destes componentes descritos. Assim, o objetivo do trabalho foi verificar se anexina A2 e galectina-3 participam na invasão e tráfego intracelular de AE das cepas G e CL de Trypanosoma cruzi. |
METODOLOGIA: |
As técnicas de imunofluorescência e transfecção celular foram usadas para identificar a localização das moléculas no interior das células infectadas. Foram usadas células nocautes em anexina A2 e em galectina-3 com a finalidade de analisar a importância das mesmas na invasão e multiplicação de AE. |
RESULTADOS: |
A ausência de anexina A2 e galectina-3 inibiram a invasão de AE. Por outro lado, a multiplicação de AE foi favorecida pela depleção de anexina A2 e galectina-3. Todas moléculas analisadas foram recrutadas para o vacúolo parasitóforo de AE e a galectina-3 formou "estruturas contendo galectina 3" em tempos correspondentes à lise do vacúolo de AE. |
CONCLUSÃO: |
Estes resultados sugerem que a invasão de AE requer a mobilização destes componentes do citoesqueleto e que a multiplicação é influenciada por um ambiente intracelular dependente da integridade do citoesqueleto de actina. Além disso, a via intracelular ativada pode estar intrinsicamente associada com o tráfego de membranas conduzidas por anexina A2 e galectina-3. |
Palavras-chave: Anexina A2, Vacúolo parasitóforo, Citoesqueleto. |