64ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 7. Fisiologia - 3. Fisiologia de Orgãos e Sistemas |
AJUSTES CARDIOVASCULARES E COMPORTAMENTAIS INDUZIDOS PELA DESIDRATAÇÃO CRÔNICA DURANTE AS PRIMEIRAS FASES DO PERÍODO PÓS-NATAL |
Aline Andrade Mourão 1 Aliane Ramalho da Silva 1 Gustavo Rodrigues Pedrino 1 Daniel Alves Rosa 2 |
1. Departamento de Ciências Fisiológicas - Insitituto de Ciências Biológicas - Universidade Federal de Goiás. 2. Prof. Dr./ Orientador - Departamento de Ciências Fisiológicas - Insitituto de Ciências Biológicas - Universidade Federal de Goiás. |
INTRODUÇÃO: |
O objetivo central dos mecanismos homeostáticos constitui na manutenção da concentração plasmática do íon sódio (Na+) dentro de faixas restritas de variação. Variações na sua concentração desencadeiam um conjunto de respostas que visam corrigir estes desvios, restabelecendo as condições fisiológicas, como o comportamento de sede e apetite ao sal e, ainda, ajustes renais, humorais e cardiovasculares importantes. Pesquisas sugerem que algumas patologias apresentadas na fase adulta, estão relacionadas com condições específicas ocorridas nos estágios iniciais da vida. Baseado nestas hipóteses, o presente estudo teve como objetivo determinar se a desidratação crônica durante as primeiras fases do período pós-natal altera o comportamento motivado para a ingestão de água e sódio na fase adulta. |
METODOLOGIA: |
Foi utilizado protocolo de desidratação crônica induzida por furosemida (diurético) em ratos da linhagem Wistar, com 21 dias de idade. Os ratos do grupo experimental (EXP) receberam administração subcutânea de furosemida (10mg/Kg) 3 vezes por semana e posterior privação de água por 24h, enquanto que os ratos do grupo controle (CTR) receberam administração subcutânea de soro fisiológico na mesma dosagem. Os animais foram submetidos ao teste de ingestão induzida para água e sódio após 15 dias de tratamento. |
RESULTADOS: |
Os resultados demonstraram que não houve diferenças significativas no consumo semanal de água e comida entre os grupos EXP (n=09) e CTR (n=03). Todavia, observou-se uma redução no ganho de peso dos animais tratados com furosemida nas cinco primeiras semanas de tratamento (EXP. 160±4,3g vs CTR 195±16 g, p < 0,05). Os resultados para o comportamento de ingestão demonstraram que o tratamento crônico com furosemida não promoveu alterações estatisticamente significativas na ingestão de água (EXP: 5,6 ± 1,0 vs CTR: 4,4 ± 1,5 mL / 120min), tampouco na ingestão de sódio (EXP: 10,8 ± 1,5 vs CTR: 13,1 ± 2,3 mL / 120 min) entre os grupos durante o teste de ingestão. |
CONCLUSÃO: |
Estes resultados indicam que o estresse hídrico nas fases iniciais de vida parece não alterar significativamente o comportamento motivado para ingestão de água e apetite ao sódio. No entanto, demais variáveis fisiológicas como as concentrações de sódio e potássio urinários e os parâmetros cardiovasculares, devem ser analisadas em conjunto para compreensão dos mecanismos compensatórios na manutenção da homeostase hidromineral. |
Palavras-chave: Apetite ao sal, Estresse hídrico, Balanço hidroeletrolítico. |