64ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 4. Turismo e Hotelaria - 2. Planejamento e Projetos Turísticos
O GUIA DE TURISMO E O ROTEIRO INTEGRADO JERI-DELTA-LENÇÓIS: Análise e propostas para a logística do guia de turismo
Monique de Oliveira Serra 1
1. Universidade Federal do Maranhão - UFMA
INTRODUÇÃO:
Esta pesquisa busca uma caracterização do Roteiro Turístico Integrado Jeri-Delta-Lençóis, com foco na logística de distribuição dos guias de turismo, responsáveis pela operacionalização do roteiro, e que têm a função de conduzir e passar as informações necessárias ao turista durante a execução desses roteiros, sendo o interlocutor entre o visitante e a comunidade. Objetiva propor estratégias logísticas de forma integrada que venham a contribuir para o desempenho dos guias de turismo como instrumento gerencial que estão atuando dentro do Roteiro Integrado. O campo de estudo do referido roteiro integra os municípios maranhenses Barreirinhas, Tutóia, Paulino Neves e Araióses, os municípios piauienses Ilha Grande, Parnaíba, Luís Correia e Cajueiro da Praia e os municípios cearenses Chaval, Barroquinha, Camocim e Jericoacoara. É de fundamental importância um estudo deste porte, visto que é um projeto recente e que até o momento não foi encontrado nada similar. Sendo assim, é uma pesquisa inédita e inovadora, pois ela fornece dados da realidade das políticas públicas, dos guias de turismo, da elaboração de roteiros integrados, podendo servir como referencial teórico para novos estudos e como fonte para solução de problemas.
METODOLOGIA:
Este estudo é caracterizado como interdisciplinar, por possuir um referencial teórico com autores de várias esferas de conhecimento, como turismo, planejamento, gestão de pessoas, marketing, etc. que interagem entre si. Utiliza dados primários como livros, artigos, programas, monografias, além de informações oriundas da internet, através de sites, para um primeiro momento de pesquisa bibliográfica. Esta etapa foi fundamental para um levantamento de dados de um tema, que por ser novo, ainda é pouco discutido entre a comunidade científica. A metodologia utilizada para garantir as respostas às indagações da autora foi de pesquisa de campo usando a ferramenta de um questionário de cinco perguntas abertas e aplicadas às entidades citadas a seguir. Como não foi possível fazer visita in loco, esta etapa foi feita por e-mail. A princípio, foi enviado questionário para o Ministério do Turismo, para o SEBRAE/MA, o SEBRAE/CE, o SEBRAE/PI, o SENAC/MA, o SENAC/CE, o SENAC/PI, os governos dos três Estados e suas secretarias estaduais e municipais e para a Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável, perfazendo um total de 17 órgãos a serem entrevistados. Desta forma, obter-se-ia respostas dos diferentes órgãos e Estados, para que se pudesse comparar os dados e serem devidamente analisados.
RESULTADOS:
Por três vezes foram enviados os questionários cada um dos órgãos mencionados, entretanto, só obtivemos resposta do SEBRAE dos 3 Estados e da Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável. Ao longo da pesquisa deste trabalho percebemos que o SEBRAE é o principal parceiro do projeto, sendo o grande colaborador, além da Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável, criada para atender aos 3 Estados no quesito do Roteiro Integrado. Assim, contentamo-nos com os 4 questionários respondidos, tendo sido cumprido o objetivo da pesquisa prática. Diante do exposto tanto nos questionários aplicados junto às entidades parceiras, quanto nas informações obtidas nas páginas da internet, percebem-se falhas na elaboração do projeto, quanto a falta de logística no que se refere à distribuição de guias para operacionalizar o roteiro, fazendo-se necessário abordar sobre ações logísticas integradas para o Roteiro Integrado Jeri-Delta-Lençóis voltadas para a melhoria dos serviços do guia de turismo.
CONCLUSÃO:
É lamentável que com base nas respostas da pesquisa aplicada chegamos à que há esforços isolados dos envolvidos, além da desintegração das unidades do SEBRAE quanto a seus planos e inexistência da devida preocupação com a capacitação padrão do guia, que deverá operacionalizar o Roteiro e distribuir o produto ao turista. Percebemos muitas falhas de comunicação entre os parceiros do Projeto, comprometendo as vendas. Estes problemas podem ser sanados com base nas políticas de distribuição e comunicação do marketing, por intermédio da competência logística, que reúne conceitos-chaves como tarefa, função, ciclo de atividades e processos. A utilização da logística empresarial, que compreende a integração das informações e a distribuição dos guias no Roteiro Integrado, é importante por facilitar a operacionalização do marketing, sanar as falhas de comunicação interna entre os parceiros e gerar competitividade ao roteiro. Assim, no que se refere à aplicação prática da teoria, propõe-se ações estratégicas de logística, por meio da tecnologia da informação, para a garantia do objetivo fim do marketing, que é penetrar em mercados potenciais; e do Roteiro, que é gerar lucros com desenvolvimento local.
Palavras-chave: Políticas públicas, Roteiro Integrado, Guia de turismo.