64ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 1. Silvicultura
UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO SULFÚRICO PARA QUEBRA DE DORMÊNCIA EM SEMENTES DE JATOBÁ
Ezequiel Tostes dos Santos Junior 1
Maria Elessandra Rodrigues Araújo 2
Andreza Pereira Mendonça 3
Jhonatas Rosa Cortes 4
1. Instituto Federal de Rondônia, Campus Ji-Paraná
2. Profa. Dra./ Orientadora - Depto de Ciências Biológicas - IFRO
3. Profa. Ms./ Coorientadora - Depto de Engenharia Florestal - IFRO
4. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - ULBRA
INTRODUÇÃO:
Nas regiões produtoras de madeira, como é o caso de Rondônia, o jatobá, uma espécie da floresta, vem sendo muito utilizado nos programas de reflorestamento, por ser de crescimento rápido e bom desempenho em plantios homogêneos. No entanto, as sementes dessa espécie apresentam dormência devido à impermeabilidade do tegumento à água. O plantio de sementes dessa espécie sem quebra da dormência física resulta, geralmente, em índice de germinação inferior a 50% e ocasiona emergência lenta e irregular, com reflexos diretos sobre o estande final (Santos et al., 2004). Os métodos utilizados para superar a dormência de sementes dependem basicamente das causas que conduzem a dormência e, consequentemente, para cada espécie pode existir um ou mais tratamentos. As técnicas mais utilizadas para superar a impermeabilidade à água nas sementes de leguminosas são: tratamentos térmicos, químicos (ácido sulfúrico ou álcool), elétricos ou pressão, abrasão e armazenamento (Nascimento, 1982), proporcionando alta porcentagem de germinação, em curto espaço de tempo Portanto, o trabalho teve como objetivo avaliar influência do ácido sulfúrico na quebra de dormência de sementes de jatobá.
METODOLOGIA:
O presente trabalho foi conduzido no laboratório de análises de sementes do Instituto Federal de Rondônia- Campus, Ji-Paraná. Após o beneficiamento as sementes de jatobá foram submetidas aos seguintes tratamentos para superação de dormência: Ácido sulfúrico por 10 minutos (T1); Ácido sulfúrico por 20 minutos (T2); Ácido sulfúrico por 30 minutos (T); Ácido sulfúrico por 40 minutos (T4). Após a aplicação dos tratamentos, as sementes foram semeadas em canteiros com área lavada. Avaliaram-se as seguintes variáveis: germinação – utilizou-se 100 sementes por tratamento divididas em quatro sub amostras de 25 sementes, procedendo- se a contagem do número de plântulas normais aos 30 dias após a primeira emergência, com os resultados expressos em percentagem; Índice de velocidade de germinação - realizou-se contagens diárias das plântulas emersas durante 30 dias, adotando-se a metodologia recomendada por Maguire (1962). O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado com 4 tratamentos e 4 repetições. Os dados em porcentagem foram transformados em arco seno de (x/100)0,5. O software utilizado na análise foi o ASSISTAT, e as médias, após análise de variância, comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
As sementes tratadas com ácido sulfúrico apresentaram superação da dormência progressiva na medida em que se aumentou o tempo de exposição ao ácido sulfúrico até 30 minutos, sendo que após este período, houve redução na porcentagem de germinação das sementes. A exposição das sementes ao ácido sulfúrico por tempo superior ao necessário para superar a sua dormência, além da degradação do tegumento, pode determinar redução na porcentagem de germinação devido aos danos causados como a ruptura de células essenciais, podendo ainda provocar injúrias mecânicas, favorecendo a deterioração (Lopes et al. 1998).
CONCLUSÃO:
Para fins de produção de mudas, bem como para a condução do teste de germinação, recomenda-se para superação de dormência das sementes de jatobá. Períodos entre 10 e trinta minutos de imersão em ácido sulfúrico.
Palavras-chave: Dormência, escarificação química, produção de mudas..