64ª Reunião Anual da SBPC

G. Ciências Humanas - 7. Educação - 8. Educação Matemática

NOÇÕES DE ESTATÍSTICA DESCRITIVA PARA DADOS NÃO-AGRUPADOS A PARTIR DA ANÁLISE DO CULTIVO DE FEIJÃO (Phaseolus vulgaris L.) EM ALGODÃO: ESTUDO DE CASO NO IFPA – CAMPUS CASTANHAL

Ricardo Laurinho Moraes 1 Fabricio Moraes Pereira 2

1. Universidade do Estado do Pará 2. Prof. Orientador - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA – Campus Castanhal

INTRODUÇÃO:

Em uma análise superficial do estudo de medidas de tendência central observa-se uma aparente simplicidade no estudo desses itens, contudo, há dificuldades inerentes a aplicação desses termos matemáticos. Ainda hoje podemos verificar pessoas que conseguem concluir o ensino básico, porém, não utilizam estes conceitos de maneiras adequadas. Este trabalho busca levar ao educando, através de simples experimentação, a possibilidade de analisar os dados de maneira satisfatória.

METODOLOGIA:

O trabalho foi realizado com alunos do 2º ano do ensino médio. Foram utilizados copos descartáveis de 150ml, chumaços de algodão, grãos de feijão (Phaseolus vulgaris L.) e seringas milimetradas para medição da quantidade de água utilizada para umedecer o algodão. Cada aluno realizou um experimento em sua respectiva residência e os experimentos deveriam estar em local seco e arejado, com boa luminosidade e o algodão deveria ser umedecido, com 3ml de água, sempre que o mesmo se encontrasse seco, simulando alguns fatores limitantes do ambiente para o crescimento dos vegetais. Foi feita a medição de tamanho dos brotos após oito dias de experimento (no período de 26 de Janeiro a 02 de Fevereiro de 2012), para a determinação dos dados objetos de estudo deste trabalho. Os grãos que não germinaram, devido à presença de fungos, ficaram ausentes da análise neste trabalho.

RESULTADOS:

Como resultados, tivemos 16 valores dos grãos que brotaram do total de 28 experimentos realizados. Doze experimentos perdidos por serem acometidos de fungos que impediram o desenvolvimento dos feijões. Após oito dias de experiência, foi possível obter brotos de diferentes tamanhos que variaram de 9,4cm a 24,3cm (9,4; 9,5; 10; 10; 10,2; 11; 11; 12; 13; 15; 16; 17; 19; 23; 23,5; e 24,3cm). A partir desses valores, em conjunto com os alunos, foi possível obter os valores de média aritmética igual a aproximadamente 14,62cm, mediana igual a 12,5cm e moda igual a 10 e 11 (revelando um parâmetro bimodal). Em conjunto com o professor de biologia e os alunos, foi lançada a discussão entre o grupo para buscar uma explicação para esta variação de comprimentos dos brotos, onde os fatores genéticos de cada grão e o ambiente onde se encontrava cada experimento (no caso, em diferentes residências, simulando a exposição a diferentes fatores limitantes) pudessem ser decisivos no grau de desenvolvimento de cada indivíduo.

CONCLUSÃO:

Por vezes, a análise de medidas de concentração torna-se repetitiva e simplória, visto apenas ser utilizada, em muitos casos, para fins de exemplificação teórica dentro das salas de aula. A partir de atividade interdisciplinar e contextualizada, é presumível que haja um maior entendimento deste conteúdo ao utilizar os conceitos na prática docente e, consequentemente, em resultado positivo para os alunos que puderam perceber a versatilidade e grande abrangência deste assunto através da experiência realizada.

Palavras-chave: Estatística descritiva, Experimento, Phaseolus vulgaris.