64ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 3. Enfermagem Médico-Cirúrgica |
CUIDADO DO TRANSPLANTADO RENAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE CUIDADO DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA |
Araceli Moreira de Martini Fontenele 1 Maria José Carvalho Santos 2 Kessiane Barros Almeida 3 Mirian Chaves Miranda 4 Márcia de Carvalho Rodrigues 5 Elba Gomide Mochel 6 |
1. Enfermeira assistencial do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão 2. Relatora, Residente de enfermagem do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão – UFMA 3. Residente de enfermagem do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão – UFMA 4. Residente de enfermagem do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão – UFMA 5. Enfermeira assistencial do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão - HUUFMA 6. Enfermeira. Orientadora, Doutora em Enfermagem. Professora Associada II do Departamento de Enfermagem da UFMA |
INTRODUÇÃO: |
De acordo com Correa (2009), a Doença Renal Crônica manifesta-se de forma lenta e irreversível. Atualmente, o transplante renal é a melhor forma de terapia para a doença renal terminal, melhor relação custo benefício e, possivelmente, melhor sobrevida dos pacientes. Esse processo está relacionada com a duração do procedimento cirúrgico, o esquema de imunossupressão, a procedência do órgão, o agente etiológico, a reserva nutricional, metabólica e imunológica no pré-transplante, e a existência ou não de episódios de rejeição. O período crítico para o desencadeamento varia de três a seis meses, pois nesta fase o receptor ainda está sob efeito direto e indireto da doença de base, das repercussões naturais de uma cirurgia de grande porte, da presença de disfunção do órgão transplantado. As infecções que acometem o transplantado podem ser causadas por vírus, bactérias, fungos e helmintos. A mais comum é a infestação por Strongiloides stercoralis, causando pneumonia intersticial hemorrágica e úlceras no trato digestivo alto. O objetivo deste estudo foi implementar a sistematização da assistência de enfermagem a um paciente em pós-operatório tardio de transplante renal com quadro de sepse pulmonar por Strongiloides stercoralis. |
METODOLOGIA: |
Trata-se de um relato de experiência, realizado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, no período de fevereiro de 2010, junto a um paciente em pós-operatório tardio de transplante renal com quadro de sepse pulmonar por Strongiloides stercoralis. Utilizou-se como referencial teórico o modelo conceitual de Wanda Horta, a taxonomia II da NANDA para definição dos diagnósticos de enfermagem, as intervenções de enfermagem da NIC e os resultados da NOC. A sistematização da assistência de enfermagem foi realizada e foram contempladas as seguintes etapas: coleta de dados, diagnósticos de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação, de acordo com a NIC e avaliação da assistência, culminando nos resultados de enfermagem (NOC). |
RESULTADOS: |
O enfermeiro desenvolve na Unidade de Terapia Intensiva, a sistematização da assistência de enfermagem, método pelo qual a estrutura teórica da enfermagem é aplicada à prática, visto que possibilita aos enfermeiros a identificação das necessidades humanas básicas afetadas, com a classificação dos diagnósticos e estabelecimentos das intervenções de enfermagem, contribuindo também para a uniformização da comunicação entre a equipe de enfermagem e o direcionamento da assistência. Observou-se, no presente estudo, que o paciente necessitava de cuidados não só no âmbito físico, mas também psicológico e social, que pudessem melhorar o seu estado. Diante dos problemas levantados, foram identificados 12 diagnósticos de enfermagem: débito cardíaco diminuído, ventilação espontânea prejudicada, desobstrução ineficaz de vias aéreas, risco de infecção, integridade da pele prejudicada, risco de choque, hipertermia, diarréia, nutrição desequilibrada: menos que as necessidades corporais, risco de glicemia instável, perfusão tissular renal ineficaz e volume de líquidos deficiente. Frente a estes diagnósticos, foi elaborado o planejamento da assistência de enfermagem, utilizando as intervenções conforme a classificação da NIC e que pudesse levar a resultados conforme classificação da NOC. |
CONCLUSÃO: |
Pode-se observar uma melhora do estado geral do cliente em questão após implementação da assistência de enfermagem. Assim, acredita-se que, à medida que o enfermeiro percebe as reais demandas de cuidado e elabora propostas sistematizadas, individualizadas e articuladas com as necessidades do paciente, proporciona uma assistência de enfermagem mais qualificada e focada na realidade da clientela. |
Palavras-chave: Transplante renal, Enfermagem, Diagnóstico de Enfermagem. |