64ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 3. Geografia
ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA: MELHORIA NA QUALIDADE DO ENSINO CARTOGRÁFICO NA U.I. GOVERNADOR JOSÉ MURAD
Mábio de Pádua Nascimento 1
Ozimo Mendonça Neto 1
Suellen Cristina dos Santos Apoliano 1
Thais Aguiar França 1
Irecer Portela 2
1. Universidade Federal do Maranhão - UFMA
2. Profa. Ms./ Orientadora - Depto de Geociências - UFMA
INTRODUÇÃO:
A linguagem cartográfica permite que o aluno construa a capacidade de representar o espaço em que vive, destacando sua própria realidade, compreendendo assim, a idéia da produção, organização e distribuição do espaço. Verificou-se a necessidade de trabalhar a cartografia de forma contextualizada e inserida no decorrer do desenvolvimento dos conteúdos, permitindo que o aluno compreenda e utilize essa linguagem em situações práticas da vida. No projeto foram apresentadas propostas com o auxilio do professor, para criar situações didáticas que possibilitem aos alunos desenvolver o raciocínio cartográfico como forma de representação do espaço, além de adquirir capacidade para compreender a realidade e construir percepções de espacialidade, aplicando esse conhecimento em situações do seu cotidiano. Foram desenvolvidas várias atividades como croquis, atividades relacionadas ao sistema básico de orientação e localização, bem como conhecer os tipos de mapas, seus elementos e como podemos representar o espaço através deste. Todas essas atividades foram desenvolvidas pelo projeto visando mensurar o conhecimento cartográfico dos alunos, permitindo assim que estes compreendam e utilizem essa linguagem.
METODOLOGIA:
As atividades desenvolvidas pelo projeto tiveram como objetivo estimular e capacitar os alunos e o professor da U.I. Governador José Murad a representar o espaço em que vivem através da Cartografia, com destaque para a sua própria realidade, permitindo-lhe ainda, alfabetizarem nessa linguagem para a leitura de mundo, o estudo de situações, compreendendo assim, a idéia da produção do espaço, sua organização e distribuição. O método utilizado foi o fenomenológico que segundo Chizzotti (2005) proporciona ao pesquisador ultrapassar a barreira da aparência, no intuito de captar a essência dos fenômenos. No período de agosto de 2010 a dezembro de 2011 foram realizadas várias dinâmicas e atividades que facilitasse o aprendizado dos alunos, e a auxiliasse o professor da escola aqui pesquisa, sendo elas: A cabra-cega; Google Earth e as imagens de satélites; Croquis dos espaços vivenciados pelos alunos; Construindo uma Rosa-dos-ventos: orientando-se; e vídeos didáticos como Rotação e Translação: DE ONDE VEM? Dentre os matérias e recursos didáticos, tivemos: tinta acrílica, giz, dois tubos de bisnaga nas cores amarelo e vermelho, pinceis, réguas, bússola, fita crepe, papel A4, PVC, datashow, notbook, livro didático, quadro branco, entre outros.
RESULTADOS:
A equipe do projeto Alfabetização Cartográfica, começou a pensar e sistematizar algumas atividades que poderiam ser aplicadas e desenvolvidas com os alunos do 6º ano com o auxílio da professora Ms. Irecer Portela foram discutidos vários temas e elaborado algumas atividades acerca do conhecimento cartográfico que poderiam ser trabalhados em sala de aula. Em ordem cronológica, os conteúdos juntamente com as atividades desenvolvidas foram: a brincadeira da Cabra-cega, o Google Earth e as imagens de satélites e para finalizar, os desenhos (croquis) elaborados pelos próprios alunos dos chamados espaços vivenciados, que são as ruas, as residências, o comércio, a igreja, a praça ou hospital do seu bairro, no qual eles conhecem profundamente e tem uma relação confortável e íntima com esses espaços. No segundo semestre de 2011 foram realizadas novas atividades com objetivo de reforçar os conteúdos sobre Orientação, Bússolas, Rotação e Translação, além da construção da rosa-dos-ventos no pátio da escola, com objetivo de facilitar as explicações teóricas do professor, bem como a apresentação da bússola aos alunos, objetivando uma maior aproximação deles com os instrumentos de orientação, além das discussões sobre os pontos cardeais e como poderiam se orientar na sala a partir dos seus colegas.
CONCLUSÃO:
A alfabetização cartográfica possibilita ao educando um melhor domínio espacial além do conhecimento do ambiente em que habita. O educador ao induzir o aluno a formular hipóteses e extrair informações relevantes do material observado, sendo este um mapa, um programa multimídia interativo, uma fotografia aérea ou até mesmo uma imagem de satélite, auxilia na compreensão do espaço além de tornar o cotidiano escolar mais dinâmico e interativo. Considerando que o mundo digital fica cada vez mais evidenciado, tem-se a necessidade da implementação e divulgação de novas metodologias para se ensinar a Cartografia ou utilizar seus produtos em sala de aula. Por tanto, apesar das dificuldades encontradas no decorrer dos trabalhos, na maior parte relacionada à intransigência dos professores, a qual nos fez mudar várias vezes de escola, concluímos que esta alfabetização cartográfica faz-se realmente necessária nesta etapa de ensino, visto que os alunos mostraram-se por muitas vezes despreparados e alheios aos elementos cartográficos. Sendo assim, fica a proposta ao professor de trabalhar com essa temática utilizando recursos tecnológicos disponíveis na escola de forma a demonstrar aos alunos a proximidade do universo cartográfico com sua realidade escolar e social.
Palavras-chave: Alfabetização Cartográfica, Espaços Vivenciados, Educação Básica.