64ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
PRODUÇÃO DE MASSA SECA DE RAÍZES DO PINHÃO MANSO EM NÍVEIS CRESCENTES DE SATURAÇÃO POR BASES
Albert Lennon Lima Martins 1
Mauro Lúcio Torres Corrêa 2
Edvaldo Vieira Pacheco Sant´Ana 3
Joel Ferreira Nunes 4
Aline Bernardo Queiroz 4
Erbeny dos Santos Barros 4
1. Aluno do Curso de Engenharia Agronômica - UNITINS
2. Prof. Dr./Orientador – Pesquisador – UNITINS
3. Prof. Dr./Co-Orientador – Coord. da Área de Recursos Naturais – IFTO/ Campus Palmas
4. Alunos(as) do Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio – IFTO/ Campus Palmas
INTRODUÇÃO:
Pesquisas na cultura do pinhão manso (Jatropha curcas L.) na região de Tocantins são “escassas”. Entretanto, a espécie ainda se encontra em processo de “domesticação” e, segundo Saturnino (2005), somente nos últimos 30 anos é que esta começou a ter seus aspectos agronômicos pesquisados. De acordo com Purcino & Drummond (1986) para se obter alta produtividade de frutos, a planta exige solos férteis e com boas condições físicas, assim a adoção de novas tecnologias de correção da acidez dos solos e fornecimento de nutrientes se faz necessário. Arruda et al. (2004) verificaram que em solos ácidos, com pH abaixo de 4,5, as raízes do pinhão-manso não se desenvolvem, sendo necessária a realização de calagem com base em análise química do solo; a calagem deve ser realizada cerca de três meses antes do plantio, com o calcário incorporado a profundidade de até 20 cm do solo, em duas aplicações, antes da aração e quando da gradagem específica para a correção do solo. Segundo Saturnino et al. (2006), a correção do solo, quanto a seu teor de alumínio livre, pela calagem, tem efeito positivo sobre o desenvolvimento do pinhão-manso. O objetivo do trabalho foi avaliar a produção de MSR do pinhão manso em níveis crescentes de saturação por bases.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido no IFTO – Campus Palmas, município de Palmas, estado do Tocantins, em um telado agrícola, situado na coordenadas 10º11’57”S, 48º18’46”O. Foram utilizadas sementes de pinhão-manso, procedentes da BIOTINS, Paraíso do Tocantins, TO. O solo recebeu cinco níveis de calagem, de acordo com o método de elevação da saturação por bases (0%, 40%, 50%, 60% e 70%). O corretivo constituiu numa mistura de CaCO3 e MgCO3, na relação estequiométrica de 4:1. Após a aplicação do corretivo, ficou incubado por um período de 30 dias, sendo o teor de umidade mantido próximo à capacidade de campo. Após o período de incubação, foi realizada a aplicação da adubação mineral NPK, em todo o volume de solo. Aos 115 DAE foi coletado de 15 plantas (1 planta/vaso plástico de 10 L) as raízes que foram transferidas à estufa controlada para 75oC onde permaneceram por um período de 48 horas, para determinação da massa seca de raízes.
RESULTADOS:
A produção de massa seca de raízes (MSR) em diferentes níveis de saturação por bases, conforme a análise de variância, o efeito foi não significativo. Na média geral a maior produção de MSR foi à saturação por base a 50% com 15,32g e a menor na testemunha, 11,43g. De acordo com Silva (2006) recomenda após a correção do solo uma manutenção da saturação por base a 50%, anual. Após 13 semanas de acompanhamento, Martins et. al. (2010) observaram que a massa seca das raízes pivotantes (MSRP) e massa seca das raízes secundárias (MSRS) submetidos à combinação calcário + óxido de magnésio foi semelhante à aplicação isolada de calcário na cultura da mamona e do pinhão-manso.
CONCLUSÃO:
Não houve efeito significativo dos níveis crescentes de saturação por bases na MSR do pinhão manso.
Palavras-chave: pinhão manso, calagem, raiz.