64ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica
SE CORRER O BICHO PEGA, SE FICAR O BICHO CONTA... Histórias do Recife Assombrado sob o olhar de Gilberto Freyre
Ana Cláudia Dias Batista 1
1. Professora Ana Cláudia Dias Batista - Secretaria de Educação do Recife
INTRODUÇÃO:
Introdução
Gilberto Freyre, considerado por muitos como um dos mais importantes sociólogos brasileiros, reuniu em sua obra Assombrações do Recife Velho, histórias de assombração, resultado de vinte anos de pesquisa acerca dos fantasmas pernambucanos.
Através da tradição oral pernambucana, essas histórias que muitas vezes baseiam-se em fatos reais, preservam hábitos, crenças e o imaginário do recifense, que entrelaça o folclore e o real para dar uma identidade sobrenatural aos casarões, sobrados, rios, ruas e avenidas do Recife.
METODOLOGIA:
Métodos
• O trabalho foi realizado com vinte alunos (as) do quarto ano do ensino fundamental I da Escola Municipal Antônio Farias Filho da rede de ensino do Recife – PE, no segundo semestre do ano de 2011;
• Pesquisas biográficas e bibliográficas em sites da internet e na biblioteca;
• Contação de histórias
• Produção de textos a partir das histórias lidas em sala de aula;
• Oficina de ilustração das histórias;
• Oficina de leitura com lendas de assombrações recifenses;
• Visita à Fundação Gilberto Freyre;
• Exibição de vídeos com personagens do livro Assombrações do Recife Velho;
• Planejamento, elaboração e encenação de uma enquete teatral intitulada de “O papa-figo”;
• Construção coletiva de cenário e figurino;
• Exibição do filme “Comadre Florzinha”;
• Entrevistas com a comunidade sobre Assombrações locais.
RESULTADOS:
Resultados e Discussões
Os alunos estabeleceram relações entre as histórias lidas e ouvidas com a história de sua cidade e com o imaginário do recifense. Relacionaram ainda, as manifestações culturais presentes nas lendas com a construção de identidade do seu povo, através da sua tradição e memória presentes no imaginário materializado pela força da palavra, uma vez que o sobrenatural originou nomes de praças, ruas e locais do Recife.
Essa leitura desenvolvida em rodas de diálogo potencializou a compreensão do homem como ser histórico e coletivo que atravessa o tempo e o espaço através da cultural
CONCLUSÃO:
Conclusões
O projeto Se correr o bicho pega, se ficar o bicho conta..., desenvolvido na Escola Municipal Antônio Farias Filho foi profundamente relevante no processo de leitura, interpretação textual e produção escrita, dado o incentivo dos textos oferecidos de maneira contextualizada e lúdica.
O encantamento com o universo sobrenatural das histórias de assombração do Recife, permitiu que os alunos pudessem ampliar seu repertório literário, histórico e geográfico, reunindo criatividade e imaginação nas produções escritas e nas rodas de leitura, ressignificadas pela magia do olhar infantil.
Palavras-chave: Tradição Oral, Cultura, Lendas.