64ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 5. História - 1. História da Cultura |
Cafua das Mercês, o Museu do Negro |
Nila Michele Barros dos Santos 1 Kary Cristina Cantanhede Moraes 2 Ueliton Correa Silva 3 Wagner de Sousa Brito 4 José Agnaldo Pereira Castro 5 |
1. Profa.Esp./ Orientadora - Centro de Ensino Superior Santa Fé 2. Kary Cristina Cantanhede Moraes - Centro de Ensino Superior Santa Fé 3. Ueliton Correa Silva - Centro de Ensino Superior Santa Fé 4. Wagner de Sousa Brito - Centro de Ensino Superior Santa Fé 5. José Agnaldo Pereira Castro - Centro de Ensino Superior Santa Fé |
INTRODUÇÃO: |
Esta pesquisa perpassa pela trajetória dos negros escravizados que vinham para o Maranhão, mais precisamente no século XIX, a fim de servirem de mão de obra para as diversas lavouras que aqui se desenvolveram, bem como usos secundários no meio doméstico rural ou urbano. Isto posto, detemo-nos no “Museu da Cafua”, local que à época servia de estadia para os negros doentes, bem como os de difícil socialização, em que estes permaneciam até a sua completa recuperação, no caso dos primeiros, e “amansamento” no caso dos últimos, para enfim serem comercializados. Entendendo que a tarefa de um museu pode ser tanto de reificar uma memória como de problematizá-la, percebemos a necessidade de debruçar-nos sobre as representações iconográficas e a organização arquivística do museu, a fim de percebermos que concepções acerca do passado escravista deste estado são representadas naquele espaço. Buscamos ainda trazer à luz geral essa parte importante da história do Brasil na ambiência maranhense. |
METODOLOGIA: |
Esta pesquisa foi feita de maneira quantitativa e qualitativa. Da primeira, inventariamos todo o acervo exposto no museu – correntes de aço, colares, utensílios domésticos, replica do pelourinho, dentre outras coisas – bem como de seus arquivos históricos – cartas de alforrias, contratos de compra e venda de escravos – tentando reconstruir a sequencia lógica de sua apresentação ao público e tentando entender qual o aspecto memorialístico lhe era intrínseco. De forma qualitativa, centramo-nos nos testemunhos de funcionários, visitantes, especialistas, bem como da bibliografia sobre o local, a fim de entender quais as representações são construídas e reconstruídas no decorrer da atividade museológica. |
RESULTADOS: |
A partir dos dados obtidos percebemos que a realidade do museu se encontra de maneira pouco divulgada pelas instituições públicas dadas a baixa visitação ou até desconhecimento da população nativa da existência do museu, no entanto, enquanto atividade turística tem se mostrando de maneira mais satisfatória. Ainda, percebemos que a ideia geral de cativeiro violento é perpetuada pelos discursos e pela apresentação do acervo, ideia esta que é opinião geral de todo o senso comum acerca da escravidão, dando-se apena como mais uma forma ilustrativa dessa condição servil do que propriamente questionadora. |
CONCLUSÃO: |
A referente pesquisa busca enfatizar a importância sócia cultural do museu do negro para sociedade maranhense levando em consideração que o mesmo já é bastante visitado por turistas, e que pode servir de apoio à nossa comunidade ludovicense principalmente a professores e alunos no tocante à história do negro no maranhão. Torna-se importante na tarefa de explorar e preservar objetos que relativa a historia da escravidão e da cultura |
Palavras-chave: Museu, Cultura Africana, História. |