64ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia |
CONTEÚDO RELATIVO DE ÁGUA, CONCENTRAÇÕES DE PROTEÍNAS SOLÚVEIS TOTAIS EM PLANTAS JOVENS DE Hymenaea courbaril L. E Hymenaea stigonocarpa Mart. SUBMETIDAS À DEFICIÊNCIA HÍDRICA E REIDRATAÇÃO |
Mayra Taniely Ribeiro Abade 1 Luana Moraes da Luz 2 Maria Eunice Lima Rocha 3 Susana Silva Conceição 4 Roberto Cezar Lobo da Costa 5 Cândido Ferreira de Oliveira Neto 6 |
1. Curso de Agronomia, Campus de Capitão Poço - UFRA 2. MSc. Engenheira Agrônoma-Belém-UFRA 3. Curso de Agronomia, Campus de Capitão Poço - UFRA 4. Curso de Agronomia, Belém - UFRA 5. Prof. Dr/Orientador – Belém- UFRA 6. Prof. Dr/Orientador – Campus de Capitão Poço - UFRA |
INTRODUÇÃO: |
A espécie Hymenaea Courbaril, mais conhecida como jatobá-da-mata, é uma espécie clímax, semidecídua, heliófita que atinge altura de 15-20 m, com tronco de até 1 metro de diâmetro. Sendo assim, algumas espécies de plantas são mais tolerantes ao estresse, outras bem menos. À medida que a planta tolera, ela se torna aclimatada, porém não adaptadaa adaptação se refere a um nível de resistência geneticamente determinado, adquirido por processos de seleção durante muitas gerações. Os metabolitos que aumentam a tolerância a deficiência hídrica incluem os açúcares solúveis, aminoácidos, ácidos orgânicos e lipídeos. Entre os solutos, osmoticamente compatíveis e mais conhecidos, destacam-se: a prolina, glicina-betaína, proteínas solúveis, açúcares e outros compostos nitrogenados. O objetivo deste trabalho foi observar o conteúdo relativo de água, concentrações de proteínas solúveis totais em plantas de jatobá sob deficiência hídrica e reidratação. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi conduzido em casa de vegetação pertencente ao Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém/PA, entre os meses de março a setembro de 2011. Foram utilizadas cento e cinqüenta mudas das espécies Hymenaea courbaril e H. stigonocarpa. As respostas ao déficit hídrico foram avaliadas nos dias 0, 13 e 26, e as respostas a reidratação foram medidas no 2º e 4º dia depois do dia 26 correspondendo ao 28º e 30º dia após a diferenciação dos tratamentos. As coletas destrutivas foram realizadas entre 9:00 e 10:00h da manhã. Após a coleta, as folhas foram levadas para secagem em estufa de circulação de ar a 65ºC. Após 72h na estufa, o material seco foi moído e acondicionado em frascos hermeticamente fechados até o momento das análises. A análise foi realizada imediatamente após o corte do terceiro ou quarto par de folíolos totalmente expandidos e a metodologia para as análises de CRA, proteínas de Slavick, Bradfor, respectivamente. A análise de variância entre os fatores foi realizada utilizando-se o GLM do Software estatístico MINITAB 14 (2004) e ASSISTAT 7.6 (2011), enquanto as diferenças entre as médias foram segregadas com testes múltiplos de Tukey. |
RESULTADOS: |
O CRA de todas as plantas teve ampla variação do conteúdo de água da H. courbaril em todas as avaliações de déficit, variando de 82 a 38%, em que apesar da amenização do estresse, esta não conseguiu se recuperar significativamente em relação ao seu CRA inicial. Embora uma menor perda, 60% do conteúdo de água em relação a 82% da outra espécie, a H. stigonocarpa se comportou de forma similar. Vale ressaltar que a recuperação do conteúdo de água foi readquirida quando as plantas dessa espécie foram reidratadas. As PST também tiveram reduções significativas em suas concentrações quando as plantas de H. courbaril e H. stigonocarpa foram submetidas à deficiência hídrica, com redução mais acentuada na espécie H. courbaril. Após 26 dias de suspensão da irrigação as plantas de H. courbaril e H. stigonocarpa apresentavam 73 e 70% de suas proteínas com recuperação após quatro dias de 93 e 85%, respectivamente, através da reidratação. Esse resultado é provavelmente ao aumento das enzimas proteolíticas que degradam proteínas em aminoácidos, envolvidos no ajustamento osmótico. A proteólise aumentada em resposta ao estresse é observada freqüentemente e interpretada como uma forma de eliminar proteínas danificadas provocadas pelo estresse. |
CONCLUSÃO: |
As concentrações de PST decrescem quando as plantas das duas espécies estudadas sofrem restrição hídrica durante vinte e seis dias. . |
Palavras-chave: Proteínas, Déficit hídrico, Reidratação. |