64ª Reunião Anual da SBPC

G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial

MOBAE – MÓDULO BRAILLE DE AUXÍLIO AO ENSINO

André Felipe Figueira Serra 1 Melquisedeque Pereira de Andrade Júnior 1 Thiago Filipe de Medeiros 1 Marden Eufrásio dos Santos 2 José Luiz Gonzaga 3

1. Orientando - Fundação Nokia de Ensino - FNE - Manaus/AM 2. Prof. /Orientador – Fundação Nokia de Ensino – FNE – Manaus/AM 3. Prof. /Co—orientador – Fundação Nokia de Ensino – FNE – Manaus/AM

INTRODUÇÃO:

No Brasil existem 35.791.488 deficientes visuais dos quais 651.818 estão no Amazonas (Censo 2010), nosso foco de pesquisa, e neste Estado há duas escolas preparadas para atendê-los. Sendo a quantidade de deficientes visuais maior que as vagas disponíveis, estes alunos são enviados a outras escolas e estas normalmente não possuem profissionais especializados e recursos específicos para lidar com a situação. Assim, o projeto MOBAE tem o interesse de facilitar a comunicação professor/aluno e dar mais ferramentas para o aluno ter uma melhor percepção das aulas.

METODOLOGIA:

Para captar as informações escritas pelo professor fazemos uso de um controle do video game wii e um LED infra-vermelho acoplado a um pincel de lousa, uma espécie de lousa interativa mais barata. Utilizando um software de gerenciamento (Smoothboard) fazemos a interação do controle com o computador e assim captamos a posição e o movimento executado com o LED (utilizando um pushbotton ligar/desligar). O professor escreverá normalmente na lousa e ao mesmo tempo o computador recebe essa escrita onde será decodificada para texto. Em seguida, enviamos por bluetooth as informações para os módulos presentes na sala de aula. Os módulos são constituídos por um microcontrolador arduino, um leitor de pen drive, um teclado e várias “células” braile. Os dados então são codificados em braile e externalizados por meio do relevo nas “células” que simbolizam os seis pontos da escrita braile. O leitor de pen drive possibilita ao aluno guardar as informações em arquivos e acessá-los posteriormente por meio do próprio módulo, o teclado possibilita que o aluno digite informações que serão mostradas na tela do computador do professor e no próprio módulo, abrindo uma dinâmica maior a aula, dando a oportunidade ao aluno de fazer redações para mostrar ao professor, por exemplo.

RESULTADOS:

Os resultados foram positivos visto que 80% dos 20 deficientes visuais que visitaram o estande do projeto e utilizaram o módulo na 8ª semana nacional de ciência e tecnologia no Amazonas, realizada no SESI, validaram o funcionamento prático do projeto. Os outros 20% realizaram críticas positivas, revelando a boa recepção do projeto pelo público-alvo.

CONCLUSÃO:

A eficácia nos testes confirmou as espectativas de funcionalidade ao ser bem aceito pelo público-alvo, as espectativas de aplicabilidade ao ser feito com custo baixo, o que tornou viável o foco para escolas públicas e do governo, e ao possibilitar a comunicação aluno-professor com o teclado comum de computador, que, segundo os testes, é mais confortável que o teclado braile adaptado.

Palavras-chave: Deficiente visual, Sala de aula, Comunicação.