64ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 4. Odontologia - 10. Odontologia
UTILIZAÇÃO DA MEMBRANA CORIOALANTÓICA (CAM) DE EMBRIÃO DE GALINHA PARA AVALIAÇÃO DE ANESTÉSICOS ODONTOLÓGICOS (MEPIVACAÍNA, PRILOCAÍNA E LIDOCAÍNA).
Luiz Fernando Pereira 1
Kelli Freitas 2
Fernanda Gimenez de Souza 3
Amanda Leitolis 4
Juliane Wathier 5
1. Prof. Dr./ Orientador- Depto de Ciências biológicas- PUCPR
2. Cirurgiã dentista
3. Biológa
4. Pós graduanda da UFSC
5. Cirurgiã dentista
INTRODUÇÃO:
Esse estudo avaliou os efeitos da Mepivacaína, Prilocaína e Lidocaína (anestésicos locais) sobre a membrana corioalantóica de embrião de galinha (CAM). Os modelos experimentais mais utilizados para avaliação de substâncias químicas necessitam de um longo tempo de experimentação, alto custo e inúmeras implicações éticas. Muitos autores consideram a CAM viável, pois minimiza a dor e o sofrimento das cobaias além de apresentar respostas teciduais semelhantes àquelas observadas em mamíferos, com a vantagem da exclusão de procedimentos cirúrgicos e visualização constante do sítio de implante. Objetivos: Avaliar a resposta da CAM frente aos anestésicos odontológicos (mepivacaína, prilocaína e lidocaína) e verificar os efeitos sobre os embriões.
METODOLOGIA:
Os anestésicos foram aplicados (0,5; 1; 2; 5 e 10 µg / ml) através de uma abertura feita na casca, sobre gel fisiológico (0,5 ml) posicionado sobre a CAM de ovos com seis dias de incubação. Após sete dias os ovos foram reabertos, observados com microscópio estereoscópico e fotografados em nível macroscópico. Após, avaliamos o número de vasos da membrana através da sobreposição digital de uma grade nas fotografias. As membranas foram retiradas e coradas (H&E e Tricrômico de Masson) para a análise histológica.
RESULTADOS:
A Prilocaína não apresentou efeitos sobre a vascularização da CAM, em contrapartida a maior dose de Lidocaína provocou aumento do número de vasos. As membranas que receberam Lidocaína tanto nas observações macroscópicas como as microscópicas demonstraram a presença de colágeno. Também foi observada má formação da parede ventral, do bico, das asas e dos dedos dos embriões tratados com Prilocaína ou Lidocaína.
CONCLUSÃO:
Preliminarmente, de acordo com esse protocolo experimental a Prilocaína e a Lidocaína não provocaram efeitos na gênese dos vasos da CAM, porém provocaram distúrbios no processo de reparação tecidual, além de desencadearem alterações morfológicas nos embriões.
Palavras-chave: Prilocaína, CAM, Angiogênese.