63ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental
CONCENTRAÇÕES DE ZINCO COBRE, SÓDIO E MOLIBDÊNIO NAS ÁGUAS DO CÓRREGO JURUBATUBA NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS/GO
Erlon Alves Ribeiro 1
Delvio Sandri 2
Josianny Alves Boêno 3
1. Prof. MSc – Colégio Estadual Xavier de Almeida – Morrinhos/GO
2. Prof. Dr/Orientador – Engenharia Agrícola, UEG campus Anápolis/GO
3. Profa. MSc – Departamento Agroindústria, IF campus Morrinhos/GO
INTRODUÇÃO:
A caracterização ambiental de bacias hidrográficas serve como subsídios para o estabelecimento de políticas de gestão de recursos hídricos (Allan, 1995).
O córrego Lagoinha, onde se encontra o córrego Jurubatuba, localiza-se na área de proteção ambiental do ribeirão João Leite que, implantada em 2002, com uma série de problemas oriundos da ocupação muito anterior à data da sua criação.
O córrego Jurubatuba, passa margeando o bairro Vila Fabril, onde recebe descarga de esgotos domésticos e várias agroindústrias instaladas naquele lugar. O córrego Jurubatuba faz parte da Bacia Hidrográfica do córrego Lagoinha, afluente do córrego Catingueiro, tributário do Jurubatuba que, juntamente com o córrego Pedreira, constitui o ribeirão João Leite. Este, cuja bacia se constitui no principal manancial responsável pelo abastecimento das cidades de Goiânia, e de parte de Aparecida de Goiânia. A bacia do Lagoinha possui característica de uso urbano-rural, pequenas propriedades instaladas as margens do Córrego Jurubatuba, voltados principalmente a produção de hortaliças.
Devido a esta intensa atividade antrópica, verificou-se a necessidade de verificar se as concentrações dos metais, na água do córrego Jurubatuba, oferecem risco para a produção de hortaliças ou para consumo humano e animais.
METODOLOGIA:
Ao todo foram realizadas 8 coletas de água, nos dias 9 e 15 de Julho, 21 e 28 de Agosto, 4 e 11 de Setembro e 18 e 25 de Setembro de 2009, consideradas como referentes ao período seco.
No córrego Jurubatuba, foram realizadas as análises de água cujas coordenadas geográficas são de 16º22’22” de latitude Sul, 48º53’08” de longitude Oeste e 1012 m de altitude. O clima da região de acordo com a classificação de Köppen é do tipo Aw, com inverno seco e verões quentes e chuvosos (PEREIRA et al., 2002). As análises de zinco, cobre, sódio e molibdênio foram realizadas na Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Estadual de Goiás - UEG.
As amostras foram acondicionadas em caixas de isopor com gelo para garantir a integridade química e física e o seu transporte até ao Laboratório da UEG. Os horários de coletas foram pela manhã, por volta das oito horas. . Os horários de coletas foram pela manhã, por volta das oito horas.
RESULTADOS:
O resultado referente às análises das concentrações dos metais da água do córrego Jurubatuba, com média (M), Desvio Padrão (DP) são apresentados respectivamente a seguir.
Zinco (mgL-1) - M = 0,07 , DP = 0,11
Cobre (mgL-1) - M = 1,19 , DP = 1,19
Sódio (mgL-1) – M = 14,52 , DP = 1,37
Molibdênio (mgL-1) – M = 0,39 , DP = 0,18
Estes valores são referentes a 8 repetições.
Segundo Cavalcanti (2009) o zinco apresenta efeitos nocivos em altas concentrações para os humanos e sua ingestão diária de 10 a 15 mgL-1 é considerada benéfica. A portaria 518/2004 permite valores de 5 mgL-1 para consumo humano.
De acordo com Ayres e Westcot (1999) o sódio é importante parâmetro de qualidade de água que indica a permeabilidade do solo. A Agência Americana de Proteção Ambiental (USEPA,1992) considera valores para irrigação menores que 70 mgL-1 de sódio.
A portaria 518/2004 considera valores aceitáveis para cobre até 2 mgL-1.
Ayres e Westcot (1999) afirmam que para águas de irrigação a concentração máxima de molibdênio é de 0,01 mgL-1 e que ele não é fitotóxico em concentrações normais de solo e água.
CONCLUSÃO:
De acordo com o estudo apresentado, podemos notar que a qualidade das águas do córrego Jurubatuba ainda se encontra com parâmetros aceitáveis para os metais zinco, cobre, molibdênio e cobre.
Palavras-chave: Qualidade de água, recursos hídricos, córrego Jurubatuba.