63ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica
BIODIVERSIDADE: CONHECER PARA PRESERVAR
Maria Aparecida Gomes Bago 1
Neide Crissanto Dias de Oliveira 1
Rôse Barreto Peixoto 1
1. Escola Municipal Edmundo Bittencourt
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho objetivou despertar a consciência ecológica através do planejamento, execução e avaliação de atividades que privilegiaram a alfabetização científica, por meio do uso de canais e equipamentos de divulgação e comunicação de informações e conceitos pertinentes às ciências, em sua amplitude e abrangendo todo o contexto escolar.
Partindo da parceria firmada entre a SME/PCRJ e o ICH (PCHAE) foi estabelecida a importância da alfabetização científica junto ao currículo das Unidades Escolares do município do Rio de Janeiro. A partir daí iniciou-se o processo de envolvimento da comunidade escolar para a realização do projeto de alfabetização e divulgação científica.
Tendo como premissa o vínculo das turmas do 5º ano à parceria com o PCHAE, as professoras, alunos e direção iniciaram a organização de um projeto promovendo atividades que envolvessem a comunidade escolar e integrassem o currículo de cada ano de formação àquelas que seriam desenvolvidas.
METODOLOGIA:
A primeira etapa do trabalho foi a sua divulgação junto à escola. Para isso utilizou-se como equipamento fundamental a rádio escolar, cujos programas eram planejados e executados pelos alunos do 5º ano e supervisionados por seus respectivos docentes e direção.
A programação da rádio contemplava os artigos da CHC vinculados aos núcleos conceituais e princípios educativos, norteando as diversas áreas do conhecimento.
A segunda etapa contou com a organização de um circuito de ciências, subdividido em bases (de experimentos e jogos) que ilustraram as seções integrantes da CHC, onde os alunos da escola puderam vivenciar informações adquiridas em sala de aula e no acompanhamento da programação da rádio.
As turmas foram organizadas em grupos e, sob orientação dos alunos multiplicadores e supervisão do corpo docente, procederam entre sete bases de atividades, nas quais puderam vivenciar e atuar elaborando hipóteses e construindo conceitos científicos, tais como: densidade da água e da matéria, propagação do som e acústica, classificação dos animais vertebrados da fauna brasileira, organização e preservação dos ecossistemas e prevenção de doenças. O circuito proporcionou a reflexão sobre a necessidade na mudança de atitudes para a formação da consciência ecológica.
RESULTADOS:
O projeto despertou o interesse e o entusiasmo da comunidade escolar para o campo das Ciências, demonstrado na sua atuação frente às atividades desenvolvidas no decorrer do projeto. Obteve ainda, o apoio e a participação de pais, além da contribuição de profissionais da área de saúde que aproveitaram a oportunidade e integraram ações em benefício da comunidade escolar (palestras e vacinação – Hepatite B).
A atuação dos alunos multiplicadores fez a diferença no decorrer do processo de elaboração, execução e avaliação do projeto. Foi possível dimensionar a seriedade e a valorização manifestadas por eles e pelos diversos segmentos, sendo fundamental para o bom resultado alcançado.
CONCLUSÃO:
A execução do projeto trouxe à luz novas formas de olhar e entender Ciências e o pensar científico. Fez com que os alunos tivessem oportunidade de refletir sobre a sua atuação em cada atividade vivenciada, discutindo coletivamente os procedimentos, hipóteses e resultados.
O conceito relativo à expressão “Ciências” foi percebido além das definições restritas ao vocábulo, e sim, analisado em suas variadas funcionalidades curriculares, na sua inserção no cotidiano dos alunos, na reflexão dos fenômenos ambientais e culturais, observados e vividos por eles.
O aprender fazendo contribuiu para o desenvolvimento das habilidades e competências previstas no planejamento do projeto, constituindo-se como “divisor de águas” no processo de aprendizagem dos alunos.
Palavras-chave: Alfabetização científica, conhecer para preservar, parceria.