63ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 1. Biologia Molecular
CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA GÊNICA, DOS TRANSCRITOS E DAS SEQUÊNCIAS PREDITAS DE AMINOÁCIDOS DAS SUBUNIDADES CATALÍTICAS DA PKA EM Paracoccidioides brasiliensis
Camila Borges Mesquita 1
Arthur de Carvalho e Silva 2
Juliana Alves Parente 3
Célia Maria de Almeida Soares 4
Silvia Maria Salem Izacc 5
1. Lab. Biologia Molecular, ICB 2, UFG
2. Lab. Biologia Molecular, ICB 2, UFG
3. Profa. Dra./Lab. Biologia Molecular, ICB 2, UFG
4. Profa. Dra./Lab. Biologia Molecular, ICB 2, UFG
5. Profa. Dra./Orientadora – Lab. Biologia Molecular, ICB 2, UFG
INTRODUÇÃO:
Paracoccidioides brasiliensis é um fungo patogênico humano, agente etiológico da Paracoccidioidomicose (PCM), a micose sistêmica com maior prevalência na América Latina. A infecção se dá por inalação dos propágulos da forma miceliana do fungo, que se diferenciam em levedura nos pulmões do hospedeiro. Apesar da importância epidemiológica da PCM, pouco se conhece sobre os mecanismos moleculares envolvidos no reconhecimento e na transmissão dos sinais que disparam a transição de micélio para levedura no fungo. Alguns estudos evidenciam que diferentes vias de transdução de sinal atuam em P. brasiliensis, como: cAMP/PKA; MAP quinases; proteínas Ras; calmodulina-calcineurina e alvos da rapamicina. Foi demonstrado que a via cAMP/PKA é ativada durante o processo de diferenciação de micélio para levedura em P. brasiliensis e que existe um aumento nos níveis celulares de cAMP durante a transição morfológica. A via de sinalização cAMP/PKA controla alterações morfológicas e também a patogenicidade em outros fungos como C. albicans, C. neoformans e A. fumigatus. Neste trabalho, mostramos uma análise in silico detalhada da estrutura gênica, dos transcritos e das sequências preditas de aminoácidos das duas subunidades catalíticas da PKA de P. brasiliensis, denominadas Pb01PKAc1 e Pb01PKAc2.
METODOLOGIA:
Foram utilizadas diferentes ferramentas de bioinformática para análise das subunidades catalíticas da PKA de P. brasiliensis, cujas sequências de nucleotídeos foram obtidas em http://www.broadinstitute.org/annotation/genome/paracoccidioides_brasiliensis. Para comparação entre as sequências de nucleotídeos e de proteínas das subunidades da PKA com as sequências de genes e proteínas disponíveis nos bancos de dados públicos, utilizamos as ferramentas blastN e blastP (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/). Utilizando o programa ORFfinder (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/), identificamos os quadros abertos de leitura nos genes que codificam as proteínas. Foi realizado também o alinhamento da PKA de P. brasiliensis com a de vários outros fungos utilizando-se o clustal (http://www.ebi.ac.uk/Tools/clustalw2/index.html). Além disso, realizamos uma busca por domínios conservados e a identificação da família de proteínas através do Pfam (http://pfam.sanger.ac.uk/).
RESULTADOS:
As duas subunidades catalíticas da PKA de P. brasiliensis tem sequência de aminoácidos bastante conservadas, apresentando alta identidade/similaridade com PKA de outros fungos. No entanto, apenas Pb01PKAc1 apresenta similaridade com as subunidades catalíticas alfa e beta da PKA de humanos. Ambas são serina/treonina quinases e apresentam domínios STKC_AGC e PKc. Analisamos também as interações descritas para PKA em outros organismos.
CONCLUSÃO:
Esta caracterização serve de base para o trabalho que estamos desenvolvendo com o objetivo de determinar a interação das subunidades catalíticas da PKA de P. brasiliensis com outras proteínas do fungo, visando a identificação de alvos desta proteína quinase que está envolvida na sinalização celular.
Palavras-chave: Paracoccidioides brasiliensis, PKA, Paracoccidioidomicose (PCM).