63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 4. Produção Animal
GESTÃO DA SUPERFÍCIE FORRAGEIRA E DA REFORMA E RENOVAÇÃO DO REBANHO EM PROPRIEDADES LEITEIRAS
Taynara Prestes Perine 1
Carlos Eduardo Crispim de Oliveira Ramos 1
Lauri Roehsig 1
Julio Cesar Damasceno 2
1. Depto. de Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá – UEM
2. Prof. Dr./ Orientador - Depto. de Zootecnia – UEM
INTRODUÇÃO:
O sistema de produção pode ser subdividido em vários postos de manejo, entre eles a gestão da superfície e reforma e renovação do rebanho. A maneira com que o produtor opera o conjunto de postos de manejo é o que diferencia um sistema de produção de outro, portanto, nunca se terá dois sistemas de produção iguais, eles no máximo serão parecidos (Roehsig, 2006).
A reforma e renovação do rebanho, em princípio, se dão pela entrada de novilhas aptas à reprodução no rebanho e a saída de vacas que por algum motivo não podem mais continuar (Roche et al., 2001).
A gestão da superfície está intimamente ligada ao planejamento da alimentação do rebanho, já que os sistemas de produção de bovinos de leite no País são basicamente à pasto, valorizando ao máximo a superfície onde se exerce a atividade.
Desta forma pretende-se, avaliar a diversidade de estratégias utilizadas na gestão zootécnica referentes a estes postos de manejo, para propor abordagens funcionais e adequadas, viabilizando economicamente a bovinocultura de leite, mas respeitando a diversidade e o papel do subsistema decisional.
METODOLOGIA:
Foram realizadas entrevistas em 30 propriedades do Estado do Paraná, para representar uma diversidade importante de casos, que contam com a exploração leiteira.
O método de aquisição de informações foi baseado em entrevistas realizadas com os proprietários ou responsáveis pela atividade leiteira, utilizando-se um questionário guia e um gravador digital de voz (Damasceno et al., 2005; Roehsig, 2006; Ramos, 2008).
Foram construídas variáveis dentro dos postos de manejo gestão da superfície forrageira e reforma e renovação do rebanho. As variáveis foram, primeiramente, os frutos das discussões em grupo acerca do transcrito das entrevistas (Ramos, 2008). Uma vez eleitas, a determinação de variáveis explicativas da diversidade do sistema de produção foi feita por meio de Análise de Correspondência Múltipla _ ACM e Análise de componentes principais – ACP (Barroso & Artes, 2003). A tipologia foi feita mediante análise das distâncias entre os casos (Lebart et al., 2000). Foi utilizado o software Spss® 17.0 para a análise dos dados.
RESULTADOS:
Com relação às variáveis de rebanho em termos de autovalores, o lado positivo da dimensão1 (D1+) denota as práticas de gestão ligadas ao rigor na entrada de animais, ao passo que D1- denota as que estão ligadas a reposição de vacas e descarte. Na D2+ as ações focam a seleção de animais, por outro lado D2- é relacionada com a eficiência reprodutiva.
Os sistemas típicos de G1 são caracterizados por ações sobre a entrada de novilhas no rebanho. No G2 as ações estão ligadas à seleção do rebanho, entrada e saída de animais, e o G3 engloba sistemas mais preocupados com ações sobre a eficiência reprodutiva no sentido de rigor na IA e no período de serviço.
A partir da Análise de Componentes Principais (ACP) para as variáveis de gestão da superfície forrageira tem-se que, o Componente Principal 1 (CP1) é formado principalmente pelas variáveis que dizem respeito a intensidade da exploração do espaço no seu lado positivo. Do lado negativo ficam caracterizadas ações no sentido do uso da parcela. O CP2 se caracteriza por apresentar de seu lado positivo variáveis que denotam eficiência produtiva de cada sistema, produtividade. No lado negativo os indicadores dizem respeito à distribuição geográfica das parcelas e a preocupação com a área que efetivamente é utilizada para a produção.
CONCLUSÃO:
Este trabalho propiciou identificar diferentes características funcionais dos sistemas, facilitando assim o entendimento e aplicação de recomendações para o desenvolvimento da produção leiteira. Sendo que trabalhos futuros seguem para o desenvolvimento de um modelo de gestão de sistemas.
Palavras-chave: sistema de produção, parcela, variáveis.