63ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 5. Matemática - 4. Matemática Aplicada
LEITURA E ESCRITA EM MATEMÁTICA: PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES DE ENSINO/APRENDIZAGEM PARA ALUNOS/AS DE DEPENDÊNCIA DO ENSINO MÉDIO
Daiane Aparecida Mutti 1
Flomar Ambrosina Oliveira Chagas 2
1. Departamento de Áreas Acadêmcias– Instituto Federal de Goiás IFG/Campus Jataí
2. Profª Drª / Orientadora - Departamento de Áreas Acadêmicas - Instituto Federal de Goiás IFG/Campus Jataí
INTRODUÇÃO:
Este trabalho tem como objetivo verificar se a leitura, interpretação e escrita na resolução de problemas matemáticos como práticas interdisciplinares de ensino-aprendizagem superam dificuldades dos/as alunos/as de dependência do 1º ano Integrado de Edificações do Ensino Médio do Instituto Federal de Goiás/IFG, Campus de Jataí. Ensinar a desenvolver habilidades de leitura e de escrita, não é tarefa exclusiva do/a professor/a de Português. Cada área de conteúdo tem um tipo específico de texto. A Matemática requer o ato da leitura assim como qualquer outra disciplina, há a existência de gêneros textuais próprios dela. A experiência nas aulas de Matemática do Ensino Médio vem revelando que grande parte do/as alunos/as tem dificuldade de resolver problemas matemáticos, na maioria das vezes, a principal dificuldade está na leitura e interpretação da resolução de problemas. Tradicionalmente, a prática mais usual no ensino de Matemática, o/a professor/a apresenta o conteúdo oralmente, a partir de definições, demonstrações, exercícios de aprendizagem, fixação e aplicação. Assim, este projeto se justifica por propor atividades de leitura para sanar as dificuldades em Matemática, causadas pela falta de leitura e interpretação, principalmente, aos alunos de dependência.
METODOLOGIA:
Esta é uma pesquisa desenvolvida no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia/IFG, Campus de Jataí, quando uma aluna do 3º ano Integrado de Edificações propôs monitorar alunos de dependência em Matemática do 1º ano de curso Integrado de Edificações. Durante a monitoria observou-se as dificuldades deles. Para que se alcançassem os objetivos, foram analisadas as metodologias de ensino utilizadas pela professora em sala de aula e partir daí propôs-se as seguintes etapas: junto com a professora dos alunos de dependência a monitora procurou identificar principais problemas demonstrados por elas, relacionados à resolução de problemas de matemática, como a não fluência na leitura do enunciado do problema; o não conhecimento do vocabulário ou expressão, assim como deficiência na leitura e problemas de interpretação. Trabalhar o vocabulário; proporcionar vários momentos de leitura e escritura, solicitou aos/as discentes diferente produção de textos após a leitura a elaboração de cartas, criação de poesias, redação de relatórios, registro de diários, elaboração de mapas conceituais, uma vez que o ato de escrever implica a capacidade de transferir o pensamento anterior.
RESULTADOS:
A partir do momento que se diagnosticou que as dificuldades em Matemática, dos alunos de dependência do 1º ano Integrado de Edificações , era a falta de leitura e má interpretação de exercícios, alcançou-se resultados positivos, pois os alunos começaram a ter interesse, uma vez que o desinteresse era um ponto muito forte. Foram trabalhadas atividades com a interpretação dos enunciados dos problemas, percebeu-se que para chamar a atenção dos alunos teria que fazer com que eles tivessem vontade de aprender a matéria. Assim, foi ocorrendo, ao mesmo tempo, a melhoria na leitura e na interpretação e na forma diferente de lidar com os exercícios de Matemática por parte dos alunos.
CONCLUSÃO:
Pode-se concluir que a dependência é uma questão de falta de leitura e interpretação em problemas matemática e contextualização. O avanço do trabalho foi excelente, percebeu-se que a falta de leitura e interpretação era o maior problema que causava falta de vontade e atenção no conteúdo de Matemática, por esse motivo, os alunos não prendiam a atenção a qualquer conteúdo da matéria, porque não conseguiam interpretar e compreender exercícios dado em sala de aula. Com o planejamento de diferentes estratégias de leitura e de diferentes maneiras de aplicar os conteúdos, percebeu-se que os alunos passaram a se interessar cada vez mais pela matéria, visto que no final da aula, o conteúdo explicado era entendido. Assim, a leitura e interpretação dos exercícios melhoraram e provocaram mudanças nas notas e comportamentos dos alunos de dependência.
Palavras-chave: Leitura, Ensino Médio, Alunos de Dependência.