63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
PIGMENTOS FOTOSSINTÉTICOS EM FOLHAS DE MOGNO BRASILEIRO E AFRICANO EM DIFERENTES ADUBAÇÕES DE KCl NO PERÍODO SECO E CHUVOSO
Jonny Lucio de Sousa Silva UFRA
Samara do Rosário Medeiros UFRA
Luma Castro de Souza UFRA
Raimundo Lazaro Moraes da Cunha UFRA
Sandro Júnior do Carmo Alves UFRA
Cândido Ferreira de Oliveira Neto UFRA
1. Graduando em Agronomia/Campus Capitão Poço/UFRA.
2. Graduanda em Engenharia florestal/UFRA.
3. Graduanda em Agronomia/Campus Capitão Poço/UFRA.
4. Prof. Dr./Instituto de Ciências Agrárias/Ufra
5. Graduando em Engenharia florestal/UFRA.
6. Prof. Dr./Orientador-Campus Capitão Poço/Ufra
INTRODUÇÃO:
O mogno brasileiro quanto o africano vem sendo amplamente utilizados na região amazônica em associações silvipastoris, agroflorestais ou em plantios homogêneos, visando à exportação de madeira. Grande parte das plantações que utiliza essas espécies situa-se em regiões sujeitas à deficiência hídrica decorrente da má distribuição de chuvas, sendo comum a ocorrência de estações secas com aproximadamente seis meses de pluviosidade abaixo de 100 mm. Nessas condições, as plantas recém-instaladas no campo podem passar por deficiência hídrica acentuada e serem submetidas à grande perda de água. Clorofila é um dos pigmentos biológicos e fotossintéticos mais abundantes no planeta. A perda de pigmentos durante estresse ambiental ou morte prematura é um indicador muito visível de eventos como doenças, aplicação de herbicidas, poluição ambiental, deficiência e toxicidade mineral, deficiência hídrica, extremos de temperatura, exposição a UV-B O objetivo deste trabalho foi mensurar as concentrações dos pigmentos fotossintéticos em folhas de mogno brasileiro e africano sob adubação potássica no período seco e chuvoso.
METODOLOGIA:
O experimento foi realizado no campus da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), localizado no município de Igarapé Açu-PA, (01° 11’ S e 47° 35’ W), distante 110 km da cidade de Belém-PA, no período de março de 2006 a novembro de 2007. Plantas de mogno brasileiro (Swietenia macrophylla King) e de mogno africano (Khaya ivorensis A. Chev.) com três meses de idade, propagadas sexualmente, foram adquiridas junto a Embrapa Amazônia Oriental, Belém-PA, e transportada para o local do experimento.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados arranjados em um esquema fatorial (4 x 2 x 2), constando de quatro tratamentos (0, 200, 400 e 600 g p-1) de KCl, duas espécies (Swietenia macrophylla e Khaya ivorensis) e duas condições hídricas (períodos chuvoso e seco), com quatro repetições. Os resultados foram analisados usando-se o programa NTIA (EMBRAPA, Campinas-SP, 1995). A análise de clorofilas e carotenóides foi feita apartir da maceração da massa frescas das folhas em solução de acetona a 80%. A significância das médias das diversas variáveis de resposta foi avaliada, usando-se o teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
Foi verificado que os teores de clorofila a foram maiores em K. ivorensis que em S. macrophylla e que o estresse hídrico reduziu significativamente as concentrações destes pigmentos nas folhas de ambas as espécies. Os resultados das análises dos pigmentos clorofila b, clorofila a+b e carotenóides, feitos nos tecidos foliares de K. ivorensis e S. macrophylla observou-se que o período seco reduziu os teores de clorofila b em ambas as espécies; reduziu os teores de clorofila a+b somente em S. macrophylla e aumentou os teores de carotenóides em K. ivorensis. Foi também verificado que no período chuvoso, os teores de carotenóides foram maiores em S. macrophylla (3,37 g kg-1MS) que em K. ivorensis (2,89 mg g-1 MS); mas no período seco, as concentrações de todos os pigmentos foram maiores em K. ivorensis, em torno de 24%. podem estar relacionadas a formação de substâncias oxidantes que podem destruir os pigmentos de plantas submetidas a deficiência hídrica severa. Decréscimos nos teores de clorofila podem, portanto, ser sintoma característico de estresse oxidativo, e tem sido verificado em plantas sob estresse hídrico.
CONCLUSÃO:
A Khaya ivorensis, no período seco, acumula mais clorofila a, clorofila b, clorofila a+b e carotenóides que Swietenia macrophylla.
Palavras-chave: Período seco e chuvoso., Plantas de mogno., Pigmentos fotossintéticos..