63ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE DO EXTRATO ETANÓLICO DA FOLHA DA Bauhinia unguiculata
George Laylson da Silva Oliveira 1
Sebastiana Ribeiro Evangelista 2
Pedro Ricardo dos Santos Rocha 3
1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí- IFPI
2. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI
3. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI
INTRODUÇÃO:
Existem várias plantas do gênero Bauhinia que são utilizadas na medicina popular.As espécies vegetais do gênero Bauhinia pertencem à família Leguminosae e está presente nas regiões tropicais do planeta,compreendendo aproximadamente 300 espécies,sendo que 200 já foram catalogadas no Brasil. A utilização de espécies vegetais pela população tem despertado o interesse de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. Diversas espécies de Bauhinia são detentoras de uma variedade de benefícios à saúde por causa de suas propriedades medicinais. Os estudos fitoquímicos e farmacológicos permitem o isolamento e a identificação dos princípios ativos da Bauhinia unguiculata, incluindo: lactonas, flavonóides, terpenóides, esteróides, riterpenos, taninos e quinonas. Várias espécies de Bauhinia trazem benefícios à saúde. Pode-se citar a Bauhinia unguiculata, espécie muito estudada e que tem ampla utilização no Brasil. O presente trabalho tem como principal objetivo avaliar a atividade antioxidante do extrato etanólico das folhas da espécie Bauhinia unguiculata, através do método do seqüestro do radical livre estável 2,2-difenil-1-picril-hidrazil (DPPH).
METODOLOGIA:
As estruturas analisadas da espécie B. unguiculata(folhas) foram coletadas em alguns bairros de Teresina-PI durante o período de junho a agosto de 2009. Após a coleta, as folhas de B. unguiculata foram trituradas e moídas em moinho de facas e extraídas quatro vezes com etanol 99% por 16 dias, aproximadamente, filtrado e concentrado em evaporador rotatório sob pressão reduzida. O extrato da planta analisado foi testado para verificar a atividade antioxidante. Foi preparada as concentrações finais do extrato vegetal de 200, 150, 100, 50 e 25 µg.mL-1. As medidas das absorbâncias das misturas reacionais (0,3 mL da solução da amostra ou do controle positivo e 2,7 mL da solução estoque de DPPH na concentração de 40 µg.mL-1), foram feitas a 517 nm para o extrato e controles no tempo 30 minutos. Os valores de absorbância nas concentrações de 200, 150, 100, 50 e 25 µg.mL-1, no tempo de 30 minutos foram convertidos em porcentagem de atividade antioxidante (AA%), determinados pela seguinte equação (TEPE E SOKMEN, 2007). %AA= {[Abscontrole - (Absamostra - Absbranco)] x 100}/Abscontrole[, onde, Abscontrole é a absorbância inicial da solução etanólica de DPPH e Absamostra é a absorbância da mistura reacional (DPPH + amostra). A análise estatística foi realizada usando o Software Origin®.
RESULTADOS:
A atividade antioxidante do extrato etanólico das folhas da B. unguiculata foi comparada aos padrões ácido elágico,ácido gálico,BHT e rutina nas concentrações de 200,150,100,50 e 25 durante 30 minutos. O extrato em estudo apresentou atividade antioxidante comparando-se com os padrões com cerca de 30% de atividade antioxidante na concentração de 200 µg.ml, sendo a maior atividade na maior concentração. Sabe-se que a maioria dos fármacos de origem vegetal utilizados atualmente foi pesquisada e posteriormente levado ao mercado baseados em informações da chamada medicina tradicional ou popular, demonstrando assim que as substâncias de origem vegetal têm papel essencial na obtenção de medicamentos e que partindo do conhecimento popular, bons resultados podem ser obtidos (COLOMBO, 2008). Estudos fitoquímicos realizados com espécies desse gênero tem mostrado a presença de importantes compostos orgânicos de interesse medicinal na sua constituição, entre eles: alcalóides, flavonóides, terpenóides, esteróides, triterpernóides, taninos, quinonas e outros. Embora muitos compostos sejam conhecidos, pouco se conhece sobre a atividade farmacológica da maioria das substâncias isoladas do gênero Bauhinia (SILVA E CECHINEL, 2002).
CONCLUSÃO:
Após a análise dos resultados, concluiu-se que o extrato etanolico da folha da B. unguiculata apresenta atividade antioxidante em comparação com os padrões, podendo, esse extrato atuar como seqüestrante ou por meio da redução de radicais livres e inibição da peroxidação lipídica, o que pode contribuir para a prevenção ou redução do desenvolvimento de patologias associadas ao estresse oxidativo. Para que os dados do presente trabalho sejam confirmados é importante que seja realizado estudos posteriores com fracionamento do extrato para determinação das substâncias ativas, sendo que a planta em analise ainda precisa ser analisada por meio de outros testes de atividade antioxidante como o da captura do radical 2,2´-azinobis(3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico) (ABTS).
Palavras-chave: Bauhinia unguiculata, Antioxidante, DPPH.