63ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
POLITICAS PÚBLICAS VOLTADAS AS CRIANÇAS COM TDAH NO MUNICÍPIO DE SINOP-MT
Lenir Guedes 1
Rosane Marlene Weber 1
Soeli Batista da Silva 1
Fátima Aparecida da Silva Iocca 2
1. Acadêmica de Pedagogia UNEMAT Sinop-MT
2. Acadêmica de Pedagogia UNEMAT Sinop-MT
3. Acadêmica de Pedagogia UNEMAT Sinop-MT
4. Profa. Dra./ Orientadora - Depto de Pedagogia
INTRODUÇÃO:
A Educação Brasileira encontra-se em uma nova era, em que se destaca a inclusão social. O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) caracterizado como um distúrbio comportamental, que merece atenção especial, para que não seja comprometido o ensino-aprendizado dessas crianças. Entretanto, os portadores de TDAH, segundo a legislação, não estão incluídos como portadores de necessidades especiais, cabendo a rede de ensino buscar alternativas metodológicas, para que os mesmos não sejam prejudicados. Na Política Pública, voltada para o ensino regular, não há referência direta que ampare o portador de TDAH. Nesta perspectiva, o presente trabalho visa conhecer e compreender quais as possíveis ampliações nas políticas públicas voltadas para a inclusão, que possa promover amparo legal no atendimento das crianças com TDAH, e de que forma os educadores desenvolvem suas práticas pedagógicas com essas crianças.
METODOLOGIA:
A pesquisa foi realizada na cidade de Sinop que está localizada á 500 km da capital Cuiabá no Estado de Mato Grosso, com uma população de 113.082 habitantes. A rede municipal conta com mais de 14.000 alunos, durante os estágios foram realizadas, observações passiva, entrevistas com as psicopedagogas da Secretaria Municipal de Educação e pesquisas bibliográficas, os dados foram registrados gravações das entrevistas e caderno de campo.
RESULTADOS:
No município não possui sistema de acompanhamento para as crianças com TDAH, e nem a estatística dos mesmos. As escolas públicas municipais, segundo a legislação, são responsáveis para atender a demandas, da educação básica da população. O MEC ainda não criou um programa que abranja rigorosamente crianças com TDAH e não impõem necessariamente que as escolas privadas e públicas atendam. Por meio da entrevista realizada com as Psicopedagogas, relataram suas inquietações a respeito deste tema. Ficaram muito entusiasmadas, pois nos disseram que pouco se fala sobre este assunto, e que vem se alastrando um problema gritante, que precisa para ser resolvido perante a sociedade. Ressaltaram pontos positivos e negativos, quando um educador se depara com uma criança com TDAH, como observamos durante os estágios, onde não há uma metodologia diferenciada, e as crianças com TDAH são estereotipadas como “bagunceiras”, “rebeldes” e são as crianças com “problemas”, a maioria sequer tem diagnóstico, ou seja, é uma dedução, e os pais, mesmo diagnosticados, negam a situação. Ao mesmo tempo, discorrem sobre a falta de estrutura para que tenha um acompanhamento, identifiquem as crianças com TDAH e tenha qualidade de ensino-aprendizagem que a mesma necessita.
CONCLUSÃO:
Por falta de políticas públicas voltadas para criança com TDAH, o educador quando recebe em sua sala uma criança mesmo diagnosticada por um laudo médico através Psiquiatra, Psicólogo e Neuropediatra, não têm conhecimento e treinamento adequado, para desenvolver um aprendizado de qualidade, utilizando estratégias de ensino diferenciadas. Ao contrário de uma criança portadora de necessidades especiais, que logo terá um suporte educacional voltada para as suas especificidades. Queremos destacar com esta pesquisa a importância e também urgência de implementação de uma política pública que promova a participação do TDAH em uma metodologia que atenda de melhor forma essas crianças.
Palavras-chave: Inclusão, Necessidade, Desvio Comportamental.