63ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
MELHORAMENTO GENÉTICO DE PIMENTAS (Capsicum) ADAPTADAS ÀS CONDIÇÕES DO CENTRO-NORTE GOIANO.
Renato Silva Soares 1
Luís Sérgio Rodrigues Vale 2
1. Instituto Federal Goiano- Campus Ceres
2. Prof. Dr. /Orientador - Instituto Federal Goiano – Campus Ceres
INTRODUÇÃO:
As espécies de pimentas e pimentões do gênero Capsicum são originárias das Américas e já eram consumidas há mais de 7.000 anos no México. Quando “descobriram” o Brasil, observou-se que algumas tribos indígenas utilizavam a pimenta moída misturada às cinzas como eficiente método de conservação de sementes de algumas espécies tradicionalmente cultivadas (Carvalho et al., 2006). Este fruto de aspecto característico ocupa importante posição no mercado agrícola brasileiro, com forte expressão na indústria alimentícia, farmacêutica e cosmética. As pimentas malagueta, dedo-de-moça, cambuci, cumari-do-Pará, de-cheiro, murupi, de-bode e biquinho são algumas das cultivares de maior produtividade no Brasil (Carvalho et al. 2006), . Acredita-se que existam cerca de 30 espécies no gênero Capsicum, mas apenas cinco são domesticadas e quatro destas ocorrem no Brasil, as demais são semidomesticadas ou silvestres (Reifschneider et al., 1998). O melhoramento genético permite obter novos genótipos com as características exigidas pelos consumidores e adaptando-as a diversas condições edafoclimáticas. Objetivou-se a obtenção de genótipos de pimentas a partir da seleção e melhoramento de seis acessos do Banco de Germoplasma do IF Goiano – Campus Ceres.
METODOLOGIA:
O projeto foi implantado no campo experimental do IF Goiano – Campus Ceres em 2010. Do total de 319 acessos presentes no banco de germoplasma (BAG) do IF Goiano - Campus Ceres, seis foram selecionados para o programa de melhoramento utilizando o método SSD (do inglês “Single Seed Descent”), onde as gerações são avançadas, tomando-se uma única semente de cada indivíduo em cada geração, até se chegar a um nível satisfatório de uniformidade. As sementes foram semeadas em bandejas de isopor de 128 células utilizando substrato comercial plantimaxR e uma semente por célula. O Transplantio foi realizado quando a planta atingiu por volta de 10 a 15 cm de altura e de 4 a 6 folhas definitivas em vasos com capacidade de 10,0 L na casa de vegetação, utilizando em todo o ciclo irrigação por gotejamento. No período reprodutivo, antes das flores se abrirem, foram protegidas com papel alumínio para impedir a polinização cruzada e garantir a autofecundação, método esse que garante que uma flor se autopolinize, ou seja, que ocorra a transferência do pólen da antera para o estigma da mesma flor, evitando assim que pólen de plantas de pimentas distintas faça a fecundação,. Os frutos identificados foram colhidos quando maduros e suas sementes extraídas, e utilizado para uma nova geração.
RESULTADOS:
Dos seis acessos utilizados na primeira geração para o programa de melhoramento genético, observou-se que dois acessos apresentaram destaque em termos de uniformidade de plantas e frutos. Os outros acessos apresentaram frutos com formatos irregulares e plantas desuniformes. Para a segunda geração os dois genótipos representam através do método de autopolinização uma homozigose de 75%. Os dois genótipos selecionados farão parte do programa de melhoramento de pimentas em 2011-2012.
CONCLUSÃO:
Foram selecionados dois genótipos de pimentas em função da uniformidade para plantas e frutos.
Palavras-chave: Autopolinização, Banco de germoplasma, Capsicum.