62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
Variabilidade da freqüência cardíaca em mulheres com hipermobilidade articular e o risco cardíaco
Elaine Mocelin 1
Mariane de Oliveira Nunes Reco 1
Ana Paula Fernandes De Angelis Rubira 1
Marcelo Custódio Rubira 1
1. Dep. Fisioterapia- Faculdade São Lucas-FSL
INTRODUÇÃO:
A hipermobilidade articular é definida como a capacidade de desempenhar movimentos articulares com amplitude maior que o normal. A prevalência da hipermobilidade possui grandes variações determinadas pela etnia, sexo, idade ,atividade física e variações nos critérios de caracterização. Aproximadamente 30% dos adultos são considerados portadores de hipermobilidade. A hipermobilidade apresenta feedback proprioceptivo e sensorial diminuído e posicionamento espacial alterado da articulação levando a maior freqüência de ativação e deformação sobre os receptores sensoriais mecânicos nos músculos esqueléticos e na pele. O aumento dos impulsos aferentes dos receptores sobre a área cardiovascular no bulbo alteram o controle autonômico sobre o coração. A diminuição da variabilidade da freqüência cardíaca constitui um importante fator prognóstico para o aparecimento de eventos cardíacos. Objetivo: O estudo avaliou o balanço simpato-vagal durante manobra de ortostatismo em mulheres com hipermobilidade.
METODOLOGIA:
Participaram do estudo 27 voluntárias, com idade média de 19,97±1,79, IMC abaixo de 25 kg/m2, sedentárias e sem uso de medicação. Após diagnóstico da hipermobilidade, segundo o score de Beighton, foram dividas em dois grupos: 12 hipermóveis (GH) e 15 não hipermóveis (GC). O eletrocardiograma foi realizado durante 10 minutos em repouso e em pé para análise da variabilidade da freqüência cardíaca.
RESULTADOS:
A banda de HF (un), apresentou diminuição significativa da atividade vagal no GH, p<0,03. O incremento de LF (un) foi maior no GH em relação ao GC, na manobra de ortostatismo, com aumento significativo da atividade simpática, p< 0,03.
CONCLUSÃO:

As voluntárias com hipermobilidade articular apresentaram resposta autonômica cardíaca alterada com hiporesponsividade vagal.

Instituição de Fomento: Faculdade São Lucas
Palavras-chave: Hipermobilidade, Variabilidade da frequencia cardíaca, Risco Cardíaco.