62ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 4. Produção Animal |
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS EM GALPÕES DE FRANGOS DE CORTE DE INTEGRADOS DA ASA NORTE ALIMENTOS |
Roberta Gomes Marçal Vieira Vaz 1 José Hugo de Oliveira Filho 1 Damilla Maria Montina 1 Ernestina Ribeiro dos Santos Neta 1 |
1. Universidade Federal do Tocantins/UFT |
INTRODUÇÃO: |
No Brasil, assim como nos demais países tropicais, os avicultores sofrem com os fatores ambientais, caracterizado por altas temperaturas e umidade dentro do aviário, os quais são limitantes para ótima produtividade. Nesse sentido, de acordo com Tinôco (1998), o aprimoramento do galpão, com adoção de técnicas e equipamentos de condicionamento térmico ambiental, espera-se amenizar e/ou reduzir os efeitos prejudiciais de alguns elementos climáticos, possibilitando alcançar bom desempenho produtivo de frangos de corte.
Segundo Curtis (1983), o ideal é que frango seja mantido na sua zona de termoneutralidade, com mínimo gasto energético e esforço dos mecanismos termorregulatórios para que a ave consiga expressar o máximo potencial genético para o qual ela foi melhorada. Os frangos de corte fora da zona de termoneutralidade, em temperaturas elevadas, reduzem o consumo de alimento prejudicando todo seu desempenho, porém em baixas temperaturas, podem melhorar o ganho de peso, mas à custa de elevada conversão alimentar. Sendo assim, deve-se ter um correto manejo das condições ambientais dentro dos aviários, para evitar um efeito negativo sobre o desempenho produtivo dos frangos. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi realizado em seis galpões de integrados da Asa Norte Alimentos. Foram feitos os questionários quanto aos aspectos construtivos. As coletas das variáveis climáticas temperaturas de máxima e mínima, bulbo seco (TBS) e bulbo úmido (TBU) e temperatura de globo negro foram feitas em 4 dos seis galpões em função do longo período de coletas (42 dias).
Para avaliação das condições ambientais foram utilizados três conjuntos de termômetros em cada galpão constituídos por termômetros de máxima e mínima, de bulbo seco e bulbo úmido e de globo negro. As leituras dos termômetros foram convertidas em um único valor (Índice de Temperatura de Globo e Umidade - ITGU), segundo Buffington et al. (1981), para caracterizar o ambiente térmico no qual os animais foram mantidos. Estes foram dispostos dentro do galpão em três locais, um ao centro e dois nas extremidades para maior precisão dos dados. O monitoramente da temperatura foi realizado das 07h00 às 19h00, diariamente em intervalo de três horas, durante os 42 dias de permanência do lote de frangos de corte em cada galpão.
Para interpretação dos resultados foi utilizado uma análise descritiva, comparando os dados observados com os dados da literatura. |
RESULTADOS: |
Quanto aos aspectos construtivos dos 6 aviários estudados, foi possível observar galpões com características bastante diversificadas, principalmente com relação a comprimento (100 - 220m), largura (10 - 14m), altura do pé-direito (2,2 - 3,0m) e tipos de acondicionamento térmico (ventiladores e exaustores). Influenciando diretamente em todo processo produtivo do frango de corte dentro do galpão.
Em 4 destes galpões avaliados, a temperatura de bulbo seco apresentou valores com poucas diferenças significativas. Já os valores médios observados da UR estiveram fora da faixa recomendada, por Baêta e Souza (1997) e Tiôco (2001), onde os valores devem ficar entra 50 e 70% para bom desenvolvimento do plantel. Assim como também o valor do ITGU, sabendo-se que até 77 não influencia no desempenho das aves adultas (Teixeira,1983), pôde-se observar que em todos os galpões com suas diferenças construtivas e de acondicionamento térmico, desde o mais simples ao mais moderno, não conseguiram alcançar o valor específico para proporcionar a ave seu índice de conforto térmico e conseqüentemente, bom desempenho na produção.
Importante ressaltar, que não foram apresentados os resultados dos valores obtidos dos termômetros de máxima e mínima, devido a falta de consistência dos dados. |
CONCLUSÃO: |
Fica evidente que todas as variáveis climáticas avaliadas (temperatura, umidade relativa e ITGU) estão fora do considerado ideal para criação de frangos de corte. Em conseqüência das altas temperaturas e elevadas taxas de UR, observando pouca eficiência das instalações e equipamentos dentro do galpão. |
Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq |
Palavras-chave: Ambiente térmico, Aspectos construtivos, Frango de corte. |