62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 5. Ecologia - 2. Ecologia Aquática
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DA ÁGUA DA LAGOA DO JIQUÍ E RIO PITIMBU, NATAL/RN.
Wanda Caroline Alves de Melo Paes Barretto 1
Wanessa Kaline de Araújo Moura Correia 1
Paulo Adelino de Medeiros 1
Mycarla Nely Rodrigues dos Santos 1
Moriana Angelica Medeiros de Menezes e Oliveira 1
Guilherme Fulgêncio de Medeiros 1
1. UFRN
INTRODUÇÃO:
Teste de toxicidade aquática é um procedimento no qual as respostas dos organismos aquáticos são usadas para detectar e medir os efeitos de uma ou mais substâncias, resíduos ou fatores ambientais, sozinhos ou em combinação, durante um determinado tempo (César et al. 1997). Nessa última década intensificou-se o uso dos testes ecotoxicológicos no monitoramento da qualidade das águas, avaliação de nível de periculosidade e de riscos de substâncias químicas e no estabelecimento de limites máximos permissíveis de lançamento de efluentes líquidos nos corpos hídricos (Zagatto e Bertoletti, 2006). O gênero Ceriodaphnia é um comum representante dos Cladocera, que constitui um grupo chave em sistemas de água doce capaz de responder aos efeitos tóxicos. A Lagoa do Jiquí é um dos principais reservatórios de água da região metropolitana de Natal e responde por cerca de 30% do abastecimento da região sul da cidade. É alimentada em parte pelas águas do Rio Pitimbu e em parte pelos por lençóis subterrâneos da região circundante. Devido à crescente industrialização e o acelerado crescimento urbano, esta área tem sido alvo de degradação ambiental. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos agudos em Ceriodaphnia dubia expostos a amostras de água bruta da Lagoa do Jiquí e do Rio Pitimbu.
METODOLOGIA:
Os ensaios ecotoxicológicos, foram desenvolvidos, no Laboratório de Ecotoxicologia - ECOTOX, localizado no Departamento de Oceanografia e Limnologia - DOL/CB/UFRN. As amostras de água foram coletadas em dois pontos na Lagoa do Jiquí, denominados de P1 (água bruta da lagoa), e P2 (água filtrada pela companhia de águas e esgotos do RN - CAERN), e mais três pontos ao longo do Rio Pitimbu, P3 (último ponto do rio antes de chegar à lagoa), P4 (ponto do rio as margens da BR 101) e P5 (ponto do rio próximo de indústrias e residências no bairro Planalto em Natal/RN). Os organismos utilizados no ensaio agudo foram oriundos do cultivo do Laboratório ECOTOX-Lab/DOL/UFRN, que segue a metodologia para o cultivo, descrita na ABNT NBR 15308 (2005). Cinco organismos neonatos com 24h de nascido foram colocados nos tubos de ensaio contendo as amostras citadas, por um período de 48h.
RESULTADOS:
Apesar do visível impacto ocorrido na área em estudo, o ensaio agudo revelou ausência de toxicidade na Lagoa do Jigui e Rio Pitimbu para todos os pontos amostrados (P1 à P5). Porém para uma avaliação mais precisa é necessário a realização de outros testes de toxicidades na água, para avaliar outros parâmetros como crescimento, fecundidade, sobrevivência que podem ser observados em ensaios crônicos. Além de testes agudos e crônicos da água, testes com sedimento poderão ser incluídos brevemente em nossos estudos, para se ter uma noção melhor e mais ampla da qualidade das águas desses mananciais.
CONCLUSÃO:
Os testes de toxicidade aguda realizados com as amostras de água não apresentaram nenhuma resposta tóxica.
Palavras-chave: Ecotoxicologia, Ceriodaphnia dubia, Avaliação da água .