62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 2. Enfermagem de Saúde Pública
PERCEPÇÃO DE SAÚDE DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS  
Amanda Paulino de Oliveira 1
Maisa Paulino Rodrigues 2
1. Pós Graduanda em Enfermagem - Faculdade Redentor- RJ
2. Professora Adjunta do Departamento de Odontologia/ UFRN
INTRODUÇÃO:
A Compreensão do processo saúde-doença vem sendo construída historicamente, tendo variado ao longo da evolução do processo civilizatório.  Sabe-se que tal concepção determina a forma de organização dos serviços   de saúde bem como a prática dos profissionais desta área, isto é, concepções mais positivas e ampliadas de saúde vão incidir em intervenções mais integrais que tomam por base o cuidado e a promoção da saúde, enquanto as concepções mais negativas determinam práticas  mais curativa e restritas. Nesse sentido, este estudo objetivou conhecer a concepção de saúde e doença de estudantes universitários da UFRN: enfermeiros, dentistas e acadêmicos da área de humanas visando identificar se há diferenças significativas entre  profissionais de saúde e profissionais de outras áreas. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, tendo como foco de investigação a concepção do processo saúde-doença.
METODOLOGIA:
O instrumento de coleta de dados utilizado foi à entrevista através de questionário aplicado para 60 universitários: 15 graduandos em enfermagem; 15 graduandos em odontologia e 30 graduandos da área de humanas. Os dados foram coletados durante o mês de fevereiro de 2010. Utilizou-se a análise de conteúdo e a estatística descritiva para analisar os dados.
RESULTADOS:
Os resultados demonstram que na concepção dos universitários da área de humanas predomina uma visão negativa de saúde isto é, a saúde vista como ausência de doença, já entre os estudantes da área de saúde 40%, percebe a saúde de forma mais ampliada, fazendo referencia a qualidade de vida, condições dignas de moradia, alimentação, saneamento, entre outros; 40% deles relacionam saúde ao conceito da Organização Mundial de Saúde, de maneira acrítica e técnica, isto é, um conceito estático que não considera a subjetividade dos sujeitos envolvidos no processo. Os 20% restante relacionam saúde a ausência de doença, ou seja, a ausência de um problema físico, além de desconsiderar as determinações sociais. Sabe-se que tais concepções poderão implicar em intervenções mais centradas na cura e na reabilitação em detrimento de práticas integrais de saúde tal como preconizada pelo Sistema Único de Saúde.
CONCLUSÃO:

Nesse sentido, esses resultados poderão servir de subsídio para docentes e discentes durante a formação dos acadêmicos das áreas de saúde bem como  para ampliar debates e discussões no âmbito universitário.

Palavras-chave: Concepção saúde-doença; , Formação em saúde;, Estudantes universitários .