62ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 1. Epidemiologia |
RELAÇÃO ENTRE O ESTADO NUTRICIONAL E AS VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS E OBSTÉTRICAS EM GESTANTES ATENDIDAS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM CAMPINA GRANDE-PB. |
Sheyenne porfírio Bezerra de Pontes 1 Tatianne Moura Estrêla Dantas 2 Renan Alex Fernandes de Oliveira 3 Vislaine Karine Fernandes Dantas 4 Márcia Cristina Sales 5 Adriana de Azevedo Paiva 6 |
1. Universidade Estadual da Paraíba - UEPB 2. Universidade Estadual da Paraíba - UEPB 3. Universidade Estadual da Paraíba - UEPB 4. Universidade Estadual da Paraíba - UEPB 5. Universidade Estadual da Paraíba - UEPB 6. Universidade Estadual da Paraíba - UEPB |
INTRODUÇÃO: |
O Estado Nutricional (EN) é expresso em muitas pesquisas científicas como determinante da gestação, do parto e até mesmo do puerpério adequados. Desta forma, o EN deve ser controlado durante todo o período gestacional com intuito de atingir um ponto adequado e manter o estado de saúde da mãe e do feto. Fatores como idade, escolaridade, presença ou não de companheiro, renda familiar, número de gestações e intervalo interpartal se relacionam diretamente com o EN, podendo modificá-lo tanto de forma positiva como negativa. O presente estudo teve por objetivo verificar a possível relação entre o EN e as variáveis socioeconômicas e obstétricas de gestantes. |
METODOLOGIA: |
A população estudada incluiu 72 gestantes usuárias das Unidades Básicas de Saúde da Família de Campina Grande-PB. Os critérios de inclusão foram: idade ≥18 anos, gestação única, feto vivo e idade gestacional ≥25 semanas. O critério de exclusão foi a presença de enfermidades maternas crônicas. Classificou-se o EN das gestantes no momento da pesquisa através do Índice de Massa Corporal [IMC = peso (kg)/altura (m)2], avaliado segundo a idade gestacional, de acordo com a proposta de Atalah et al. (1997), adotada pelo Ministério da Saúde. O peso foi aferido utilizando-se balança digital da marca TANITA®, com capacidade para |
RESULTADOS: |
A investigação da relação entre o EN com as variáveis socioeconômicas e obstétricas demonstrou ausência de associação estatisticamente significativa com a renda per capita (p = 0,69) e associação significativa com a idade (p = 0,01), a escolaridade (p = 0,02), o intervalo interpartal (p < 0,001) e o número de gestações (p = 0,01). Assim, evidenciou-se uma maior proporção de gestantes com sobrepeso/obesidade quando: i) a idade foi >25 anos (29,1%); ii) a escolaridade foi <9 anos de estudo (37,7%); iii) as gestantes eram multigestas (40,3%); e iv) em intervalo entre partos <2 anos (41,7%). Muitos estudos têm apontado a relação estreita entre nível de escolaridade e situação socioeconômica com o EN de gestantes, sugerindo que a precariedade destes fatores condicionam aos hábitos alimentares inadequados, com alto consumo de calorias, gorduras e carboidratos, contribuindo assim para a ocorrência de sobrepeso e obesidade nesta população. A multigestação e/ou o intervalo interpartal pequeno influência no EN pelo fato do organismo materno não ter tido tempo suficiente para estabelecer-se completamente, e assim, o ganho de peso das gestações anteriores soma-se ao da atual, ou seja, elas já iniciam a gravidez com EN inadequado. |
CONCLUSÃO: |
Diante da evidência da relação existente entre EN e fatores sociais e obstétricos em gestantes, percebe-se a necessidade de uma intervenção educativa incluindo mulheres em idade reprodutiva e gestantes, promovendo a instrução não apenas para a mudança de hábitos alimentares, mas também para a identificação dos fatores de risco relacionado ao desenvolvimento de obesidade/sobrepeso e suas complicações. |
Instituição de Fomento: Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraiba - FAPesq/ Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico- CNPq/ Processo n° 210/08 |
Palavras-chave: ESTADO NUTRICIONAL , GESTANTES, FATORES DE RISCO. |