62ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 6. Farmácia |
AVALIAÇÃO DE HEMOGRAMAS REALIZADOS EM INTERNOS DE UMA INSTITUIÇÃO EDUCATIVA LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA |
Igor Emerson de Oliveira Sá 1 Hellen Cristine Saraiva Dutra 1 Sibelle Maria Rodrigues da Rocha 1 Roberto Lima Soares 2 Romélia Pinheiro Gonçalves 2 Nadia Aciolly Pinto Nogueira 3 |
1. Curso de Farmácia - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem - UFC 2. Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas - UFC 3. Profa. Dra./Orientadora - Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas - UF |
INTRODUÇÃO: |
A problemática das doenças que afetam o sistema sanguíneo e a gravidade dos danos causados à saúde faz com que esta tenha grande relevância para a saúde pública. A análise dos fatores de risco e do estado de saúde em que os indivíduos se encontram serve de alerta para o estabelecimento de medidas protetoras. Neste contexto, a realização periódica de exames hematológicos é de suma importância para a avaliação e monitoramento da saúde dos indivíduos. O hemograma é um exame que analisa as variações quantitativas e qualitativas dos elementos figurados do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas). A pesquisa é relevante, pois mostra, através dos exames, o estado de saúde dos internos da Instituição Contudo, este trabalho teve como objetivo analisar, por meio dos resultados mostrados nos hemogramas, o perfil hematológico de crianças e jovens internos de uma instituição localizada no município de Fortaleza. |
METODOLOGIA: |
A coleta das amostras de sangue foi realizada semanalmente, às quintas-feiras, no período da manhã, após jejum de oito a dez horas, em um total de 43 crianças e jovens de idades entre seis a dezesseis anos em uma instituição pública localizada no município de Fortaleza no período de agosto a novembro de 2009. Após a coleta, as amostras foram encaminhadas ao Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas - LACT da Universidade Federal do Ceará para serem analisadas em Sysmex KX-21 N. Os dados colhidos foram sistematizados no programa Excel e analisados posteriormente de acordo com literatura pertinente. O estudo obedeceu às normas que regulamentam a pesquisa que envolve seres humanos, do Conselho Nacional de Saúde - Ministério da Saúde, e segundo a Resolução nº 196/96. Para tanto, foi submetido ao COMEPE - Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará, tendo sido autorizado para coleta das amostras conforme Protocolo Nº 234/09. |
RESULTADOS: |
As alterações na série vermelha foram discretas, caracterizadas pela ausência de anemia. Contudo, as amostra analisadas mostraram que 51.16% dos pacientes apresentaram microcitose e hipocromia, que podem ser decorrentes de uma má alimentação em que haja carência de ferro ou a existência de uma parasitose. Na linhagem leucocitária, a alteração verificada foi a eosinofilia, que esteve evidente em 83.72% das crianças e jovens. Ela está presente em um grande número de doenças, mas as situações mais comuns de eosinofilia são os processos alérgicos e verminoses. Os demais valores encontrados nos hemogramas mostraram-se dentro dos padrões normais. |
CONCLUSÃO: |
Os resultados revelam um perfil hematológico normal na grande maioria das crianças e jovens da instituição em questão. Para melhor compreensão dos resultados, devem ser realizados outros exames, como parasitológico de fezes e dosagem de ferro sérico devido ao alto índice de eosinofilia encontrado, assim como as alterações dos índices hematimétricos. Tendo em vista que a maioria dos internos apresentou alterações nos resultados dos exames, percebe-se a necessidade e a importância da realização do hemograma para avaliar a saúde dos mesmos. |
Instituição de Fomento: Universidade Federal do Ceará |
Palavras-chave: Hemograma, Eosinofilia, Hipocromia. |