| G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 2. Geografia Regional |
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| A TRAJETÓRIA DO CAFÉ E A REESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO
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Alessandra Cardoso de Carvalho 1, 2
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1. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
2. Universidade Federal de Sergipe- UFS
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| INTRODUÇÃO: |
| O trabalho desenvolvido teve como intuito estudar a implantação da atividade cafeeira, e os seus resultados no processo de reestruturação do espaço agrário de Barra do Choça. Durante muito tempo o café dominou absoluto até que sua importância fosse ofuscada por outros produtos agrícolas, pela extração de metais preciosos, e após 1930 pela industrialização crescente. Mas sua produção continua significativa até os dias atuais, e a Bahia é o Estado onde o processo de recuperação da importância desse produto ocorre com maior dinamismo. Destarte, o café, tem em sua implantação uma importância sobre a vida do município, que merece atenção e constitui-se em um importante objeto de estudo, uma vez que, nas atividades relacionadas à produção do café, há o envolvimento, participação e interação de diferentes setores sociais na tentativa de apontar caminhos para melhor aproveitamento do espaço agrícola. Através do conhecimento do processo de reestruturação do espaço agrário no município e suas contribuições para a implantação da cafeicultura, assim como das mudanças ocorridas em função dessa nova atividade, foi possível identificar alterações ocorridas neste espaço.
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| METODOLOGIA: |
| A proposta deste trabalho foi buscar informações que possibilitem uma análise do processo de desenvolvimento regional promovido pela implantação da cafeicultura no município de Barra do Choça, Bahia. Foram avaliadas as mudanças proporcionadas pela reestruturação do espaço do município com a implantação da atividade cafeeira e o envolvimento do Estado. Analisando (o momento inicial (1972) e posterior (2000) da implementação do café no município) de que maneira o município vem vivenciando o desenvolvimento rural após implantação do café. Foi realizado um levantamento de informações básicas a respeito da área em estudo, concretizando se com a realização da pesquisa teórica por meio de um de levantamento bibliográfico e consulta a documentos. A pesquisa de campo teve importante papel para a realização da investigação proposta. O deslocamento a campo possibilitou a observação, coleta de dados, entrevistas e o levantamento das características e mudanças estabelecidas no espaço em estudo, possibilitando chegar a um diagnostico da situação do espaço agrário, no período investigado pela pesquisa. |
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| RESULTADOS: |
| Foi possível verificar que as mudanças proporcionadas pela reestruturação do espaço do município de Barra do Choça com a implantação da atividade cafeeira foram inúmeras. Do momento inicial da implantação do café (1972), até 2000, o espaço do município foi totalmente modificado, de maneira que o município vem vivenciando um crescimento econômico e demográfico muito grande após implantação do café. A população do Município em 1960 era de mil trezentos e oitenta e dois habitantes, nas décadas seguintes apresenta um crescimento demográfico avançado, com um grande aumento da população principalmente na zona rural, crescimento que se atribui à atividade cafeeira.No censo de 2000, a população da Barra do Choça era de 40.810 habitantes, sendo que 23.080 na zona rural e 17.730 na zona urbana, apresentando uma taxa de crescimento anual de 0,98%. Ao longo da história do município a população rural sempre foi maior que a urbana. Os dados demonstram a ampliação do percentual de ruralização da população do Município, que é atribuída à produção agrícola, principalmente a atividade cafeeira, que tem também proporcionado melhoras na oferta de serviços e possibilitado ações que visem o desenvolvimento econômico desse espaço agrário , que é considerado o maior produtor de café do Norte/Nordeste. |
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| CONCLUSÃO: |
| A lavoura cafeeira emergiu na Bahia resultante da expansão do capitalismo no Brasil; capitalismo comandado pelo capitalismo industrial e financeiro que busca no seu movimento de acumulação, também na agricultura a sua reprodução. Em outras palavras, entender as mudanças que estão ocorrendo no espaço rural passa necessariamente pela compreensão do processo de desenvolvimento capitalista brasileiro geral, ou seja, a partir da lógica do capital se pode detectar as mudanças que evidentemente, estão permeadas pelo contexto histórico da região em que se insere. A reestruturação produtiva e do espaço agrário deveria retomar o valor e o sentido da democracia e investir na construção do cidadão para a promoção do desenvolvimento como indicador de qualidade de vida e não apenas ser uma mudança na forma de acumulação do capital, como ocorre. Existem hoje meios para fazer valer a democracia, bem como aproximar diferentes realidades, ou até quando assistir passivamente a estratificação social, a alienação da produção, ao abuso de poder, a desvalorização do homem, seus valores, a banalização da democracia e o distanciamento do processo de desenvolvimento que tenha como centro a melhor qualidade de vida e a elevação do ser humano.
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| Instituição de Fomento: FAPESB |
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| Palavras-chave: cafeicultura., reestruturação espacial, reestruturação produtiva. |