62ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 8. Genética - 5. Genética Vegetal |
Primeiro Registro Cromossômico em Tabebuia aurea (Bignoniaceae) |
Ramiro Gustavo Valera Camacho 1 Luis Eduardo de Sousa Soares 1 Kathia Maria Barbosa e Silva 1 Assis Wendell Claudino Cavalcante 1 Cynthia Cavalcanti de Albuquerque 1 Lamarck do Nascimento Galdino da Rocha 1 |
1. DECB, FANAT, UERN |
INTRODUÇÃO: |
Dentre os 113 gêneros de Bignoniaceae cerca de 60 ocorrem no Brasil. O gênero neotropical Tabebuia compreende aproximadamente 100 espécies, conhecidas popularmente como ipês. Estas plantas possuem elevado valor fitoterápico, madeireiro e ornamental. A espécie Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook. ex S. Moore, originária da América do Sul e conhecida popularmente como ipê amarelo ou craibeira, é encontrada em ambientes de cerrado e semi-árido, além de serem amplamente utilizadas em programas de arborização urbana em. A análise cromossômica de espécies nativas tem contribuído bastante para o entendimento de relações filogenéticas dentro de determinado grupo de plantas, além de representar conhecimento essencial para programas de melhoramento genético. Dessa forma a análise cromossômica é uma investigação indispensável dentro do gênero Tabebuia, gênero se caracteriza por espécies morfologicamente muito parecidas e pouco estudadas do ponto de vista citogenético, tendo apenas 5 espécies sido descritas citogeneticamente. O presente trabalho tem como objetivo realizar a primeira contagem de cromossomos de exemplares cultivados de T.aurea de forma que os dados aqui obtidos possam servir como ferramenta a serem utilizadas pela citotaxonomia e no melhoramento genético de plantas. |
METODOLOGIA: |
Plântulas de T. aurea foram coletadas em abril de 2010, ao redor do Campus Central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil, e retiradas suas raízes secundárias para analise do número de cromossomos. Para a análise citológica as pontas das raízes foram pré-tratadas com 8-hidroxiquinoleína 0,2mM a 4ºC por 3 horas e posteriormente fixadas em Carnoy 3:1 (etanol absoluto/ ácido acético glacial) por 24 horas. A hidrólise do material foi feita em HCl 5N por 40 minutos à temperatura ambiente. Para preparação das lâminas as raízes foram esmagadas em ácido acético 45% e coradas mediante a técnica de coloração convencional com Giemsa. As preparações foram montadas em Bálsamo do Canadá e as melhores metáfases foram fotografadas com uma câmera digital Sony DSC-W55 adaptada ao um microscópico NIKON Eclipse E200. |
RESULTADOS: |
Foram analisadas 10 metáfases as quais apontaram para o número cromossômico diplóide 2n=40, o que sugere que este seja o número cromossômico diplóide da espécie. Os cromossomos mostraram-se pequenos e uniformes o que dificultou a análise da morfologia cromossômica, quanto ao índice centromérico. |
CONCLUSÃO: |
De acordo com dados descritos a literatura o número básico haplóide para o gênero Tabebuia é x=20 e o número cromossômico diplóide predominante é 2n=40. A espécie analisada, assim como outras pertencentes ao gênero em questão, apresentou cromossomos pequenos e de tamanho semelhante dentro de um mesmo cariótipo, o que é esperado para o padrão cariotípico de plantas lenhosas tropicais. |
Instituição de Fomento: Fapern |
Palavras-chave: Citogenética, Tabebuia aurea, Bignoniaceae. |