62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo
PRODUÇÃO DE MELANCIA EM RESPOSTA A DOSES DE NITROGÊNIO E POTÁSSIO
Nilvan Carvalho Melo 1
Jessivaldo Rodrigues Galvão 1
Antônio Rodrigues Fernandes 1
Vicente Filho Alves Silva 1
Rafael Silva Guedes 1
Laudecir Lemos Raiol Júnior 1
1. Inst. de Ciências Agrárias (ICA), Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA
INTRODUÇÃO:

A melancia [Citrullus lanatus (Thunb) Mansf.] é uma espécie olerícola cultivada praticamente em quase todos os estados brasileiros, em especial na região Nordeste, onde apresenta excelente adaptação, em virtude das condições climáticas locais serem bastante semelhantes às condições de origem, provavelmente a África Equatorial (Andrade Junior et al., 2006). A quantidade de melancia produzida no Brasil ocupa o quarto lugar dentre as olerícolas, que têm produção anual em torno de 12,5 milhões de toneladas. Entretanto o cultivo de melancia é uma atividade de alto risco devido à sazonalidade nos preços recebidos pelo produtor e aos problemas agronômicos da cultura, como a baixa produtividade, que está relacionada ao manejo inadequado da irrigação e adubação (Andrade et al., 2006).  A cultura da melancia, a exemplo de outras olerícolas tem, na nutrição mineral, um dos fatores que contribuem diretamente na produtividade e na qualidade dos frutos. O nitrogênio e o potássio são os elementos mais exigidos e devem ser aplicados de acordo com as exigências de cada cultivar, produção esperada, estádio de crescimento e condições climáticas (Rodriguez, 1982).  O Objetivo do trabalho foi avaliar a produção de frutos de melancia em relação à aplicação de doses de nitrogênio e potássio.

METODOLOGIA:

O experimento foi conduzido na área experimental do Instituto de Ciências Agrárias (ICA)-UFRA no município de Belém/PA, no período de Agosto de 2009 a Fevereiro de 2010, em um Latossolo Amarelo Distrófico de textura média. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso, com arranjo fatorial 4 x 4, em seis repetições. Os tratamentos foram quatro doses de nitrogênio: 0; 50; 100 e 150 kg ha-1 , na forma de uréia e quatro doses de potássio: 0; 100; 150 e 200 kg ha-1 de K2O, na forma de KCl. As parcelas experimentais constaram de 1.0 x 3.0 m.O preparo da área foi realizado através de uma grade niveladora. Antes do plantio foi feito a correção do solo, em função da análise, com calcário dolomítico (1,36 t ha-1). As adubações nitrogenadas e potássicas foram realizadas em duas aplicações, no início do experimento e 30 dias após o plantio. Durante a condução do trabalho a irrigação foi realizada diariamente, mantendo-se a umidade constante. Para a obtenção dos resultados, foi eleita uma parcela útil considerando apenas as quatro fileiras centrais 65 dias após a semeadura. Os dados obtidos foram submetidos às análises de variância e  regressão, utilizando-se o programa estatístico SISVAR, e  as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

 

 

RESULTADOS:

A análise dos dados não revelou efeitos significativos (P>0.05) para o peso de frutos em relação as doses de potássio aplicadas. As doses de nitrogênio influenciaram significativamente (P<0.05) para peso de frutos, seguindo um modelo quadrático de resposta. De acordo com Fageria et al. (1999), o modelo polinomial quadrático tem sido o que melhor representa a resposta das culturas à adubação nitrogenada. Quando se aplicou a dose de 100 Kg ha-1 de nitrogênio, obteve-se o maior peso de frutos (4,85 Kg). Em trabalhos de pesquisa realizado por Deswal e Patil (1984), Singh e Naik (1989) e Srinivas et al. (1991), verificou-se que as melhores produtividades comerciais de melancia são obtidas com adubação que variou de 50 a 120 kg ha-1 de N. Em trabalho realizado por Locascio et al., 1990, utilizando as fontes KNO3 e KCl, não foram observadas diferenças significativa sobre a produtividade. Para diâmetro de frutos, na aplicação de doses de nitrogênio, houve efeito significativo (P<0.05), não se observando significância para doses de potássio. Com relação à adubação nitrogenada, o maior diâmetro de frutos (62,94 cm) foi obtido com a dose de 100 Kg ha-1 de nitrogênio.

CONCLUSÃO:

A dose de 100 kg ha-1 de nitrogênio proporcionou maior peso (4,85 Kg) e diâmetro (62,94 cm) de frutos. E as doses de potássio aplicadas não influenciaram o diâmetro e peso de frutos.

Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Palavras-chave: Fertilizantes, Nutrição de plantas , Crescimento.