A Reserva Florestal Ducke constitui a base de pesquisa mais antiga do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA. Esta Reserva foi assim nomeada, em homenagem ao seu idealizador, o naturalista Adolfo Ducke. Ela foi doada ao INPA pelo Governo do Estado do Amazonas em 28 de novembro de 1962, pela Lei nº 41, publicada no Diário Oficial de 16 de fevereiro de 1963. Apesar de sua grande importância como local onde ocorrem pesquisas que contribuem para a consolidação da ciência na Amazônia, a sua história estava sendo perdida. Visto que o acervo documental referente a Reserva encontravam-se desorganizados e distribuídos em diversos setores do INPA.  Coube a pesquisa intitulada “Fontes documentais para a história sócio-ambiental da Reserva Florestal Ducke”, que consiste em um sub-projeto derivado do projeto intitulado “Resgate da História Sócio-Ambiental da Reserva Florestal Adolpho Ducke” (financiado pela FAPEAM/CNPq contrapartida do INPA) organizar a documentação referente a Reserva Ducke, objetivando coletar fontes documentais escritos e iconográficas para formação de um acervo de documentos históricos sobre a Reserva Florestal Ducke, que poderá ser aproveitada por pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, interessados em trabalhar com documentos referente a Reserva.

Este sub-projeto compilou uma mini edição de fontes, nos quais foram selecionados 35 documentos, exemplo: litografia de Adolfo Ducke, uma carta manuscrita de Adolfo Ducke, um mapa desenhado por Adolfo Ducke sobre o local onde deveria ser a Reserva Ducke, uma fotografia de Olympio da Fonseca Filho, que foi o primeiro diretor do INPA, entre outros documentos que nos proporcionam uma visão da trajetória histórica da Reserva Florestal Ducke, desde a sua criação até sua situação nos dias atuais. Os documentos foram organizados por ordem cronológica e de importância. Por último, foi feito três índices organizado por ordem alfabética, iniciado por Remissivo, onde foram colocados os principais assuntos abordados ao longo dos documentos, como: a criação, degradação ambiental, educação ambiental, projetos, entre outros. Logo após, foi posto o índice Toponímico onde foram mostradas as principais instituições citadas nos documentos, como: Banco do Brasil, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, entre outros. E por último, o índice Antroponímico, onde foram colocados os nomes dos personagens citados nos documentos, como: Adolfo Ducke, Albertina Lima, Arthur Cezar Ferreira Reis, entre outros.

A Edição de Fontes compilada servirá como instrumento de pesquisa a ser utilizada por pesquisadores e pessoas em geral que se interessarem em conhecer a história de uma Reserva na Amazônia. Este Instrumento de pesquisa também poderá motivar novos projetos explorando aspectos não explorados nesta pesquisa, como também auxiliar pesquisadores, fornecendo fontes para a produção de trabalhos científicos como dissertações de mestrado e monografias. O determinado projeto dinamizará o campo da pesquisa em História Ambiental na Região Amazônica, campo este que vem prosperando no Brasil a cada dia.