61ª Reunião Anual da SBPC |
H. Artes, Letras e Lingüística - 4. Lingüística - 1. Lingüística Aplicada |
A FORÇA RELATIVA DA ABORDAGEM DO LIVRO DIDÁTICO (SEUS AUTORES) DENTRE OUTRAS NUMA SITUAÇÃO DE ENSINO DE PLE/PSL. |
Eugênia Magnólia da Silva Fernandes 1 José Carlos Paes de Almeida Filho 1 |
1. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA/ UnB |
INTRODUÇÃO: |
A iniciativa do desenvolvimento desta pesquisa respondeu ao propósito de investigar como atuam as forças relativas da abordagem dos autores do material didático num contexto específico de ensino de Português como Língua Estrangeira e Português como Segunda Língua (doravante PLE/PSL). O uso do material foi observado no ambiente de pesquisa para então analisar as forças atuantes no ambiente de ensino-aprendizagem. Os questionamentos propostos para a construção da pesquisa foram baseados na observação do uso do material didático, nos motivos da escolha desse determinado material por parte da coordenação pedagógica da instituição e na configuração da abordagem utilizada. A pesquisa retornou às concepções iniciais dos autores ao analisar suas filosofias ou abordagens para, então, chegar a análise do uso do material na sala de aula, resultando num contraste de forças que possam gerar novas configurações do processo de ensinar. |
METODOLOGIA: |
A metodologia consistiu inicialmente na leitura de bibliografia que tratava da questão da abordagem, do material didático no contexto de ensino-aprendizagem de PLE e demais textos teóricos que fundamentassem a pesquisa. Foram analisados, então, os critérios para a escolha do livro didático, observando tanto os pontos externos quanto os pontos externos à sala de aula. Após, foram analisados os pressupostos dos autores para proporcionar um contraste no passo posterior: as observações de campo. As intenções iniciais e a influência do meio pedagógico proporcionaram, juntamente com a fundamentação teórica, a constituição de uma análise contrastiva com outras forças envolvidas. |
RESULTADOS: |
As observações e análises identificaram que a abordagem dos autores do livro didático tem forte atuação no processo de ensino-aprendizagem, questionando-se, inclusive, sua atuação como ‘meros’ terceiros. O livro didático adotado pela instituição não é totalmente seguido pela professora e outras atividades são propostas para complementar o material. Não há, então, um livro didático ideal para o ensino de PLE/PSL, o que proporciona que, mesmo com insatisfações, um material seja adotado. Os alunos sentem necessidade de um caderno de atividades que complemente o livro. Tal fator seleciona alguns livros e exclui outros para agradar o público-alvo. Foram constatadas outras forças de terceiros incidentes no estudo de caso resultando numa confluência de objetivos: visões da coordenação, de outros professores do plantel do Centro e da própria direção. |
CONCLUSÃO: |
Um material didático não chega à sala de aula puramente com as intenções iniciais de seus elaboradores. O processo de escolha do livro didático passa por uma série de questionamentos da coordenação pedagógica que procura atender às necessidades gerais da turma em questão e também busca fornecer apoio ao professor. Contudo, são expostos vários problemas com relação ao material. Ele é fonte primordial de insumo, mas precisa ser complementado com recursos mais modernos ou exercícios que vão além do caderno de atividades. A definição de um público-alvo na elaboração de um livro atuaria então como uma facilitadora no processo de ensino-aprendizagem para atender as necessidades individuais dos aprendizes. Chegou-se também ao objetivo comunicativo e a afirmação da abordagem de cada agente no processo. A abordagem comunicativa, no simulacro gerado na sala de aula, conta com outros recursos para se realizar, complementando as necessidades que não foram atendidas pelo livro escolhido pela instituição. |
Instituição de Fomento: UNIVERSIDADE DE BRASILIA |
Palavras-chave: material didático, ensino-aprendizagem de PLE/PSL, análise de abordagens de ensino e aprendizagem.. |