A história da Pedagogia de Projetos tem origem com as idéias do filósofo, e pedagogo norte-americano John Dewey (1859-1952) e outros representantes da Escola Nova, que defendiam que a escola não deveria ser desconectada da vida do educando. No Brasil, esta influência apareceu com o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova em 1932, que divulgou o pensamento do educador John Dewey.

Atualmente, há um resgate e uma nova discussão acerca da necessidade de desenvolver trabalhos com a pedagogia de projetos na formação de professores, visando um processo ensino aprendizagem de mais qualidade.

O trabalho desenvolvido caracterizou na modalidade de pesquisa bibliográfica, desenvolvido pelos professores e acadêmicos dos cursos de licenciatura do Instituto Natureza e Cultura – INC/BC como uma atividade ensino e pesquisa.

Esta atividade de ensino e pesquisa teve como finalidade levantar referências bibliográficas acerca da teoria e prática da temática Pedagogia de Projetos como ferramenta para uma prática pedagógica em seu contexto educacional escolar.

A metodologia desenvolvida no projeto se deu de forma dialógica e dinâmica quanto às suas atividades para a concretização de seus objetivos.

Favoreceu um conhecimento amplo a respeito da pedagogia de projetos enquanto mudança de postura pedagógica investiu na formação de professores atuantes na rede pública de ensino da zona urbana e rural dos níveis de Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Modalidade de Jovens e Adultos – EJA, e acadêmicos dos cursos de licenciaturas da esfera Federal e Estadual.

O desenvolvimento deste projeto possibilitou como resultados concretos:

ü      Uma ressignificação e reflexão acerca da prática pautada em projetos pedagógicos, a partir do desenvolvimento das palestras ministradas, constatando o que Hernadez (1998 e 2000) aponta sobre o processo ensino-aprendizagem nesta perspectiva, levando em consideração conteúdos programáticos significativos e, ainda, oportunizando ações indissociáveis entre teoria e prática em sala de aula, com base na interdisciplinaridade.

ü      Atendeu um público alvo num total de 58 participantes entre: Professores da Redes Pública e Particular, professores pertencentes à cidade vizinha de Islândia/Peru e acadêmicos dos cursos de Licenciaturas em Letras, Normal Superior, de Ciências Agrárias e Ambientais.

ü      O trabalho das oficinas proporcionou a elaboração de 10 propostas de projetos didáticos interdisciplinares a serem desenvolvidos pelos professores em sua realidade educacional escolar.  As propostas de projetos embasaram-se no diagnóstico das necessidades básicas de aprendizagem dos educandos, conforme levantamento dos professores participantes.

Atuar com projetos didáticos pedagógicos interdisciplinares em salas de aulas, é realizar o rompimento de um modelo fragmentado de ensino e recriar uma nova aposta na escola, é assumir coletivamente as dificuldades encontradas no processo ensino-aprendizagem implementados pelos paradigmas tradicionais ainda existentes no atual modelo de educação escolar.

Exige do profissional em educação o compromisso com um novo tecer de conhecimentos quanto aos conteúdos programáticos significativos, muitas vezes não contemplados nos currículos da educação básica. Exige que o professor seja um eterno pesquisador, nas palavras de Freire (1996), seja aberto ao diálogo, para se desenvolver a educação com base em princípios democráticos e de cidadania.

Dessa forma, o projeto serviu como reflexão para os cursos de formação de professores, quanto aos seus currículos que não contemplam a prática pedagógica de um ensino interdisciplinar realizado por projetos didáticos pedagógicos, uma vez que nos cursos deveriam ser o “lugar de aprender” e o “lugar de fazer”, conforme o discurso de Barroso (2004), preparando o profissional para uma prática mais eficaz.

Portanto, o trabalho realizado trouxe significativa contribuição para a prática educacional escolar como tentativa de alcançar o objetivo e a qualidade da educação básica no ensino fundamental.