61ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 18. Educação
O ENSINO DA EDUCAÇÃO FISCAL COMO ESTRATÉGIA PARA A PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR
Cristiane Laurentino Neves 1
Rosa Oliveira Marins Azevedo 2
1. Escola Superior Batista do Amazonas – ESBAM
2. Escola Superior Batista do Amazonas – ESBAM
INTRODUÇÃO:

Considerando que a educação escolar objetiva contribuir para a construção da cidadania, a  escola surge como ambiente propiciador de emancipação do conhecimento individual, para que o aluno seja capaz de perceber e compreender o mundo e a sociedade em que vive, ou seja, preparar-se para a vida. Nesse sentido, a educação fiscal, quando da sua inserção no processo educacional escolar, sugere sentido amplo, procurando possibilitar aos alunos a compreensão de conceitos presentes no cotidiano social, como cidadania, direitos, deveres, bens, serviços, tributos fiscais, taxas, etc, visando a uma atuação autônoma dos indivíduos na sociedade. Por isso, procuramos neste trabalho compreender como a educação fiscal é trabalhada com alunos do segundo  segmento do Ensino Fundamental. Para tanto, procuramos conhecer a prática pedagógica adotada pelos professores para desenvolver a temática, e observar se as atividades propostas para serem desenvolvidas pelos alunos favorecem à preservação do ambiente escolar, contribuindo para promover a construção e/ou mudança de conduta do aluno quanto à necessidade de valorização daquele  ambiente.

METODOLOGIA:

As atividades de pesquisa ocorreram no segundo semestre de 2008 em uma escola pública de Manaus, com alunos e professores do segundo segmento do Ensino Fundamental. Para isso, realizamos leituras e resenhamos obras que enfocam a educação fiscal, com ênfase no ambiente escolar. Para a coleta de dados aplicamos um questionário a quarenta e oito alunos do segundo segmento do Ensino Fundamental, entrevistamos  cinco professores, individualmente, e observamos as suas aulas. Para a análise, procuramos confrontar os dados obtidos com o referencial teórico elaborado, considerando também as experiências e o olhar do próprio pesquisador.

 

RESULTADOS:

Os dados analisados nos permitem afirmar que há distorções nos conceitos que norteiam o exercício da cidadania. A maioria, 90% dos alunos, assume realmente não compreendê-los, e em função disso não estabelecem relação do que veem na sala de aula com o cotidiano social. Quando questionados quanto à diferença entre público e gratuito apenas 10% afirma saber distinguir tais conceitos, mas mesmo assim não relacionam à necessidade de preservação do ambiente escolar, o restante dos alunos, não sabe fazer nenhuma distinção. Os professores admitem grandes dificuldades para abordar a temática com os alunos, alegando: falta de tempo para planejamento e desenvolvimento do assunto; ausência de conhecimentos e utilização de subsídios técnicos, inclusive científicos, na prática educativa; falta de interesse do poder público, em particular das secretarias de educação, em oferecer subsídios e incentivos para o trabalho nas escolas.

CONCLUSÃO:

A inserção da educação fiscal na escola não tem cumprido o seu papel de colaboradora na construção da cidadania. Atribuímos esse fator à falta de subsídios teóricos/práticos que estimule e prepare o professor para desenvolver a temática, levando-o a uma prática pedagógica que não oferece condições para o aluno problematizar o contexto em que vive e, conseqüentemente, pouco contribuindo para a construção ou a mudança de sua conduta  quanto à necessidade de valorização do próprio ambiente escolar.

Palavras-chave: Educação Fiscal, Ensino Fundamental, Preservação do ambiente escolar.