61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 13. Parasitologia - 1. Entomologia e Malacologia de Parasitos e Vetores
ESTUDOS HISTOLÓGICOS EM ESPÉCIES DE FLEBOTOMÍNEOS DA AMAZÔNIA
Tatiana Kelle Xavier Caetano 1
Cleusa Suzana de Oliveira Araújo 1
Sílvia Cássia Brandão Justiniano 1
1. Centro Universitário Nilton lins - CUNL
INTRODUÇÃO:

 

Os flebotomíneos são insetos de pequeno porte (2 a 4 mm) pertencentes a ordem díptera, família psychodidae e sub-família flebotominae, possuindo seis gêneros: Velho mundo; Phlebotomus, Sergentomyia e Chinius e no novo mundo; Lutzomyia, Brumptomyia e Warileya. Possuem algumas características peculiares, como, o corpo piloso, vôo saltitante e as asas eretas quando em repouso. As fêmeas adultas de flebotomíneos são hematófagas e como consequência, são veiculadoras de hemoparasitos. São raras ou quase nenhuma as informações acerca da histologia interna e composição da saliva de espécies amazônicas, o que indicam a necessidade de um estudo inicial dos aspectos histológicos das glândulas salivares e do trato digestivo de flebotomíneos vetores da Amazônia.

O presente trabalho teve como objetivo geral analisar estruturas citológicas e morfológicas através de imagens da glândula salivar de flebotomíneos selvagens e espécies criadas em laboratório.

METODOLOGIA:

 

As coletas foram realizadas na BR 174  KM 23 ramal dos Bandeirantes e Manacapuru, KM 63 ramal Nova Esperança utilizaram-se armadilhas do tipo CDC "miniatura” (Hausherr's Machine Works, New Jersey, EUA), acopladas a gaiolas de armação metálica e rede de filó, com as quais foram feitas varreduras manuais em bases de árvores e armadilha luminosa. Os insetos foram submetidos a triagem para separação de machos e fêmeas e identificação por meio de chaves taxonômicas de flebotomíneos das Américas. Foram utilizados flebotomíneos fêmeas silvestres e da geração F1 criados em laboratório, antes e depois do repasto sanguíneo. Foram retiradas pernas e asas, a cabeça e o restante do corpo foram fixados em álcool 70% e em formalina tamponada. Em seguida adotados os procedimentos histológicos em resina e posteriormente os cortes do inseto inteiro e da glândula salivar na espessura de 1, 2 e 3 µm. Utilizou-se como corante o azul de toluidina e o azul de metileno. Foram utilizados cerca de 300 flebotomíneos, divididos entre as espécies Lutzomyia umbratilis, L. shannoni, e L. longipalpis oriunda do insentário de flebotomíneos do Centro Universitário Nilton Lins.

RESULTADOS:

 

Os cortes feitos com espessura de 2 e 3 µm e corados com azul de toluidina não foram suficientes para a análise mais detalhada do material, no entanto, foi possível observar células musculares e a presença da Glândula salivar em pares. Melhores resultados histológicos foram obtidos com os cortes na espessura de 1µm e corados com azul de metileno sendo possível fazer uma descrição histológica mais detalhada. Nesta analise buscou-se aprimorar a técnica convencional histológica em busca de melhores resultados para os estudos com insetos em particular dípteros diminutos. Quanto aos fixadores usados neste estudo, não houve diferenças que pudessem influenciar nos resultados. Das espécies coletadas Lutzomyia umbratilis é a que se encontrou em maior número em relação às demais. Indivíduos F1 dessa espécie estão sendo criados para as futuras análises histológicas.

 

CONCLUSÃO:

 

Das 70 lâminas montadas 25 foram consideradas para o presente estudo. De acordo com os resultados preliminares as lâminas coradas com azul de metileno apresentaram resultados mais proveitosos comparados com as coradas com azul de toluidina. No entanto, pretende-se testar o corante HE (hematoxilina/eosina) e o fixador dubosq Brasil, concomitantemente aperfeiçoar os cortes variando entre 1 e 1, 5 µm de espessura.

Instituição de Fomento: FAPEAM/CNPq/ CUNL
Palavras-chave: flebotomíneos, histologia, glândulas salivares.