61ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal |
AÇÃO DO ALUMÍNIO SOBRE A RAZÃO DA ÁREA FOLIAR E RELAÇÃO PARTE AÉREA RAIZ EM PLANTAS DE SORGO |
Suelen Naiara Rosa dos Anjos 1 Flávio José Rodrigues Cruz 1 Andrezza Soares Ferreira 1 Luana Moraes Luz 1 Valdemir Silva Abreu 1 Roberto Cezar Lobo da Costa 1, 2 |
1. Instituto de Ciências Agrárias/ Laboratório de Fisiologia vegetal Avançada, UFRA 2. Prof. Dr. Orientador. |
INTRODUÇÃO: |
Na maioria dos solos brasileiros, o teor de alumínio livre freqüentemente atinge níveis tóxicos para as plantas, sendo muitas vezes, fator limitante ao aumento da produtividade das culturas. A absorção e o acúmulo desse elemento em diferentes partes da planta afetam células e suas organelas no plano morfológico, citogenetico e fisiológico, prejudicando o seu desenvolvimento. O seu efeito tóxico pode manifestar-se pela limitação do desenvolvimento do sistema radicular, e pela interferência na absorção, transporte e utilização de nutrientes. Como conseqüência indireta dos danos fisiológicos ao sistema radicular evidencia-se decréscimo do crescimento da parte aérea no que diz respeito ao ganho de área foliar e acúmulo de massa seca, além de deficiências nutricionais à medida que se prolonga o tempo de estresse por alumínio. |
METODOLOGIA: |
Sementes de sorgo foram postas para germinar em bandejas plásticas contendo areia lavada e autoclavada. Após 7 dias, foram escolhidas plantas uniformes quanto ao tamanho e sanidade, sendo as mesmas transplantadas para vasos opacos e externamente prateados contendo 2 L de solução nutritiva. Foi usado como substrato areia lavada e sílica na proporção de 3:1. Após 20 dias da emergência das plântulas adicionou-se na solução Al2 (SO4)3 . 18 H2O nas concentrações de 0, 50, 100 e 150µM. No 30º dia, foi determinada a área foliar das plantas de sorgo por meio de um integrador foliar Li-cor 1600, expressando a área em cm2. Em seguida, as plantas foram ensacadas e postas para secar em estufa de ventilação forçada a 65 ºC por 72 horas, para posterior determinação da massa seca da parte aérea, raiz e total das plantas por meio de balança analítica de precisão. A partir da coleta dos dados de área foliar e massa seca das plantas em dois tempos diferentes, determinou-se a razão da área foliar e a relação aérea/raiz. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualisado em esquema fatorial 4x10 (quatro concentrações de alumínio e dez repetições). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas a 5% pelo teste de Tukey. |
RESULTADOS: |
O efeito danoso do alumínio manifestou-se inicialmente sobre o sistema radicular, através da redução do seu crescimento, e em menor intensidade sobre o crescimento da parte aérea, fato que acarretou aumento significativo da razão da área foliar apenas nas plantas do tratamento de 150µM, não ocorrendo diferenças significativas entre os demais tratamentos. Foi observado aumento significativo da relação parte aérea/raiz, onde o tratamento de 100µM promoveu maior aumento desta variável, em decorrência do efeito danoso do Al+3 ocorrer inicialmente sobre o crescimento radicular. |
CONCLUSÃO: |
O Al+3 reduziu inicialmente o crescimento radicular contribuindo para aumentar a razão da área foliar assim como a relação parte área raiz de plantas de sorgo. O tempo de exposição das plantas de sorgo ao alumínio não foi suficiente para desencadear uma redução expressiva do crescimento da parte aérea, fato que promoveu um incremento das duas variáveis analisadas. |
Instituição de Fomento: UFRA |
Palavras-chave: Alumínio, razão da área foliar, relação parte aérea raiz . |