60ª Reunião Anual da SBPC




F. Ciências Sociais Aplicadas - 3. Economia - 22. Economia Internacional

MERCOSUL: INTEGRAÇÃO ECONÔMICA E SETOR DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS AUTOMOTRIZES.

Karine Daiane Zingler1
Débora Cristina Petry2
Maurício Roberto Côas Filho3
Juliane Kunz4
Argemiro Luís Brum5

1. Acadêmica do 6º semestre do curso de economia UNIJUÍ, integrante PET - ECONOMIA
2. Acadêmica do 6º semestre do curso de economia UNIJUÍ, integrante PET - ECONOMIA
3. Acadêmico do 7º semestre do curso de economia UNIJUÍ, integrante PET - ECONOMIA
4. Economista formada pela UNIJUÍ, ex-integrante do grupo PET - Economia
5. Prof. Dr - Departamento de Economia e Contabilidade - UNIJUÍ - Orientador


INTRODUÇÃO:
No cenário econômico atual percebe-se a crescente necessidade de cooperação em diversos níveis sistêmicos. O processo de integração econômica intensificou-se a partir do período pós Segunda Guerra Mundial, especialmente pelo incentivo dos órgãos supranacionais criados nesse período, na tentativa de diluir o protecionismo do período anterior. Expande-se então, no cenário internacional, a integração regional, como resultado de acordos políticos entre países vizinhos, decorrente da vontade política e objetivos dos Estados Nacionais envolvidos, no sentido de proteger suas economias das disputas e tensões transnacionais. Na América Latina, surge em 1948, a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), cujo objetivo central era elaborar estudos visando à integração dos países envolvidos e a ampliação dos mercados nacionais em busca do desenvolvimento econômico. Na América do Sul em 1991, foi assinado o Tratado de Assunção entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com o objetivo de criar um mercado comum entre os países acordados dando origem ao MERCOSUL. Nesse sentido, analisar-se-á qual o real nível de integração comercial do Brasil com os demais paises do MERCOSUL, investigando a composição das relações comerciais entre estes países através do segmento metal - mecânico de máquinas agrícolas automotrizes.

METODOLOGIA:
A metodologia utilizada neste trabalho baseia-se na análise de referenciais bibliográficos já produzidos a respeito da temática, extraídos de fontes primárias, como site da Secretaria de Comércio Exterior, sites oficiais do MERCOSUL e da ANFAVEA e fontes secundárias como livros, revistas, jornais e sites diversos da internet. Inicialmente far-se-á uma abordagem teórica, além de uma abordagem conjuntural sobre os principais acordos econômicos existentes no cenário mundial. Através de uma pesquisa bibliográfica, verificar-se-á também os principais acordos de comércio do MERCOSUL, através da descrição do processo de implantação e incremento das relações comerciais. Para analisar a comercialização entre o Brasil e os demais integrantes do MERCOSUL, será feito um levantamento de dados na ANFAVEA sobre o total das exportações de máquinas agrícolas automotrizes e suas exportações para os países membros. Em seguida, será feita uma análise comparativa da participação do MERCOSUL nas exportações totais deste segmento. Para finalizar, será feita uma análise das exportações de máquinas agrícolas automotrizes do Rio Grande do Sul e da região Fronteira Noroeste para os países membros do MERCOSUL, através dos dados levantados no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

RESULTADOS:
Através dos dados e informações já levantados, percebe-se que a balança comercial brasileira em 2006 segue tendência de crescimento, o que se nota desde 2001. Entre os mercados compradores se destacam União Européia, Estados Unidos, Ásia e MERCOSUL, sendo que o último também se destaca como fornecedor ao Brasil. Análises das exportações brasileiras, para o ano de 2006, demonstram que o setor de destaque, por fator agregado, é o de manufaturados, do qual participa o setor de máquinas agrícolas automotrizes, com 54,3% do total. O principal país comprador do Brasil, nesse período, é a Argentina com 8,5 % do total, e com variação positiva de 19,1% sobre o ano anterior. Para o Rio Grande do Sul, o MERCOSUL se revela de grande importância. As exportações para o mesmo vêm crescendo a taxas muito maiores do que as exportações gaúchas para o restante do mundo. Em 2005, esses valores somaram 13,95% do total. Em relação à comercialização brasileira neste setor, em 2006, 46,64% foram destinadas à exportação e 53,36% às vendas internas no atacado. Nas exportações, o principal mercado comprador é a América do Sul, responsável pela compra de 48,36%, sendo a Argentina a principal compradora, com 24,89% do total, seguida de Venezuela, Chile, Paraguai (2,6% do total) e Uruguai (2,08% do total).

CONCLUSÕES:
Em uma análise preliminar, percebe-se que o processo de integração econômica vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões acerca da economia mundial. Esse processo normalmente surge para intensificar as relações comerciais entre paises, em sua vasta maioria pertencentes a uma mesma região geográfica. Na América do Sul não foi diferente, na década de 90 iniciam-se as negociações para a criação de um Mercado Comum do Sul, cujo objetivo central seria a maximização do comércio entre os países membros (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). Mas o que a pesquisa tem apontado é que, na maioria das vezes, a comercialização de bens e serviços acontece bilateralmente, em especial entre Brasil e Argentina, caso verificado no setor metal - mecânico. Assim, torna-se importante pesquisar a participação do setor de máquinas agrícolas automotrizes do Rio Grande do Sul no âmbito do comércio brasileiro no MERCOSUL e resto do mundo.

Instituição de fomento: Programa de Educação Tutorial - PETMECSESu

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  MERCOSUL, Setor de Máquinas Agrícolas Automotrizes, Brasil

E-mail para contato: karine.zingler@unijui.edu.br